quarta-feira, 29 de julho de 2009

Continuando a outra postagem

Não deixar chorar é o erro mais comum e apoiado por todo mundo. Mais de um profissional que cuida de crianças já disse: o bebê VAI chorar, porque é a única comunicação com o mundo que ele possui. Acalme, acalente, mas não proteja seu filho do próprio choro.
Na primeira noite no berço, Manuela chorou. Ela não entendia que dormiria ali. Ficamos ao lado do berço, segurando na mão dela e ela chorou por exatos sete minutos e adormeceu. Nas noites seguintes o ritual se repetiu, o choro foi reduzindo e ela nunca trocou a noite pelo dia, sempre dormiu direitinho em seu berço e agora só acorda para mamar às 6h da manhã (começou anteontem isso!).
Ah! Ela normalmente não chora para dormir. Deita no berço e adormece sozinha. Quando ela está muito agitada, reclama um pouco, mas logo adormece. Sabe o que aqueles (geralmente mais velhos) que não souberam lidar com seus filhos (mas não reconhecem isso) dizem: "vocês tem sorte porque a Manuela é boazinha"...Ahahaah...A gente acredita no que quiser, não é mesmo?
Hoje em dia eu sou radical quanto ao assunto conhecimento. Hoje há livros de todos os preços, informação em posto de saúde, com o pediatra, em revistas, internet etc, então, não acho que haja desculpa para a mulher não se informar sobre o que acontece na gravidez e nos cuidados com o filho. Pode ouvir a mãe, pode, mas tem que saber quando não é para ouvir a mãe! Eu tenho um livro que comprei super baratinho, é de um chefe de pediatria da escola paulista de medicina e se chama "o novíssimo manual de instruções do seu bebê". Além da linguagem brincalhona do autor, ele sempre brinca que as opiniões erradas sempre vem primeiro da mãe da nova mãe e da sogra da nova mãe...Rs.
Minha mãe não podia ouvir Manuela chorar para dormir que ficava repetindo que ela estava com alguma coisa fora do normal...Que eu não tinha leite e que ela tinha certeza que o pediatra ia passar complemento na primeira consulta...Foi um teste à minha paciência e num próximo filho só eu e Antonio ficaremos com o bebê em casa nos primeiros meses, que era como eu queria que tivesse sido desde essa primeira gravidez. Mas, as pessoas te dizem o tempo todo que é "muito trabalho", "muito difícil"...Aff!
Imagina de madrugada, os mais velhos enlouquecem quando eu comento como procedemos. Rs. Até Manuela completar dois meses, deixavamos que ela dissesse quando queria mamar. E sempre que ela acordava, eu a amamentava. A partir do segundo mês, seguimos mais à risca o ritual da encantadora (isso já foi, até, objeto de postagens minhas) e se Manuela acordasse antes da hora que ela havia mamado na noite anterior, quem levantava era o Antonio e ele a acalmava até ela adormecer de novo, o que aocntecia logo, porque Manuela se incomodava com gases e precisava de massagem de madrugada. Aí, mais tarde ela acordava e queria peito e eu assumia. Bebês são reloginhos, sim, porque Manuela boceja de sono após umas 2 horas acordada, pede peito desde que nasceu a cada 3h, às vezes 2:30h. Quando ela está com fralda limpa, mamou há pouco tempo e dormiu há pouco tempo, faço massagem, brinco com ela. Geralmente, ela está entediada, ou com gases.
De noite, ela começou com esses horários: 19h-23h-3:40h (mais ou menos), evoluiu para 19h-23h-4:50h; e há duas noites Manuela tem feito assim: 19h-23h-6h! Rs.
Ela costumava acordar com gases, mas já tem noite que isso não a incomoda. Seu intestino está mais maduro, que bom!
Tudo isso está inserido no plano para você cuidar de seu filho. Vale a pena organizar-se, ter uma rotina, nós todos vivemos com rotina, e ela é importante porque nos ajuda a saber o que esperar do nosso dia e isso serve para o bebê, também! Você ajuda seu bebê assim, porque ele saberá quando dormir e assim ter seu momento propício ao desenvolvimento - que é o momento do sono.

Melhor do que passar meses e até mais de ano sem dormir direito e com todos os prejuízos físicos e emocionais que isso traz, e mais, com os prejuízos ao bebê, que precisa dormir, quer dormir e não sabe, nem tem a ajuda dos pais para isso!

É difícil, a ajuda do pai é fundamental, a boa relação do casal, também. Você até pode substituir a ajuda do pai pela da avó, mas é uma saída, que só pode ser temporária, porque quem estará por perto nas madrugadas será o pai e ele terá que algum dia aprender seu papel de pai, ou você vai sofrer muito, se desgastar muito e exigir da avó que assuma parte do papel do pai...Tudo errado, enfim! Como visto, tudo é pré-requisito: parceiro, filho, responsabilidade. Pensem bem, mesmo, se vocês podem contar com o parceiro de vocês. Senão pode ser uma boa ideia ficar só com um filho mesmo.

Essa postagem continua...Haja papo!

Rs

Beijos

Gilda

Um comentário:

Alan disse...

Engraçado... Anne foi ríspida. Nada de parentes por perto no parto. Só eu e as parteiras. E depois que os avós vieram (3 meses depois), dado o gênio de Anne, nada de comentários.

Pois Louisa até hoje dorme conosco... e dormimos bem, obrigado.

E para o períneo, é fazer exercício sempre, com ou sem gravidez. Fizemos massagem também durante a gravidez e não houve nada de cortes ou pontos.

Tivemos outras complicações no 3o estágio do parto é verdade, mas nada que afetasse Louisa de forma alguma.

E por última cezariana só é a opção certa se for para salvar vidas, jamais para encaixar em horário de médico.