quarta-feira, 29 de julho de 2009

lendas II: a polêmica. Rs

Pois é, gente, volta tudo ao normal! Rs.
Mas, engravidar envolve tanta coisa complicada...
Primeiro é o parceiro: Eu não me conformo com mulheres que escolhem parceiros super mal educados. Explicando: aqueles que aprenderam com suas mães que homem não lava louça, não ajuda na casa, que deita no sofá e deixa a mulher sentada em banco, cadeira de plástico, ou qualquer outra porcaria, que é um rei dentro de casa, servido pela empregada 24 horas da esposa...É a coisa que mais me agride nos dias de hoje. Assistir a alguns homens que se recusam a se educar, a respeitar a mulher que tem ao lado...Há que se pensar se o parceiro escolhido, além de tudo, pode ser um bom pai. Porque, vamos convir, escolher qualquer um para pai é fácil. Difícil é depois nas brigas constantes, no barraco judicial do divórcio, nas traições...O afeto é essencial a todo ser humano. Não dá pra catar um pai qualquer para o seu filho. Nem todo mundo deve ser pai ou mãe, porque não tem maturidade e educação para isso...
Segundo, o casal: não dá pra engordar 20kg, não emagrecer após o parto, extinguir a vida sexual com o marido e achar que o casamento vai melhorar com o filho...Rs. Nós temos uma tendência terrível a odiar ou esnobar de uma mulher em forma. Pior é se ela engravida, engorda pouco e após o parto volta ao corpo de antes rapidinho, como foi o caso da Claudia Leite. Ouvi tanta asneira: que ela teria feito plástica, que ela seria uma péssima mãe porque só pensava no próprio corpo...E o rol de estupidez era enorme! Pois é, engordei 9kg, comi bem a gravidez inteira (pouquíssima porcaria, é claro! Muita coisa gostosa e que faz bem) e na semana seguinte ao parto eu já estava do mesmo jeito de antes de engravidar. Só não estava com o corpo da Claudia Leite porque eu já estava gordinha antes de engravidar. A fome da gravidez é lenda, é puramente psicológico, uma ansiedade descontada na comida.
Em que ajuda o empenho em não engordar tanto? A gordura da barriga é a pior que pode haver para o nosso coração, primeiramente; engordar em torno de 20% do seu peso (que acontece com grávidas que engordam muito) sobrecarrega seu fígado, que fica gordinho (esteatose- muito comum em grávidas), já há estudos que comprovam que engordar cerca de 20% do seu peso em algum momento da sua vida aumenta o risco de doenças sérias; além do que causa uma flacidez na barriga (eu não tive flacidez em nenhuma parte do corpo, nem estria, nem nada) e em algumas partes do corpo, que só muita malhação depois para correr atrás do prejuízo; e, também, traz o risco de eclâmpsia, diabetes gestacional, pressão alta - Problemas que podem comprometer a gravidez e até a vida da mãe e do bebê...
Me digam de que adianta comer de tudo e depois ficar meses chateada porque não veste suas roupas, não se acha bonita e fica mais chateada porque precisa malhar e com o filho fica mais complicado fazer isso? E você tem ao lado um homem que gosta de você e que começa a se incomodar com seu aborrecimento constante, sua negligência com seu corpo e com você o evitando sexualmente. A relação pode se desgastar muito...
Terceiro, sua responsabilidade: antigamente, quando pouco se sabia de quase tudo, a culpa da mãe era um inferno pelo qual todas as mães tinham que passar. Se pensarmos que os estudos sociais, psicanalíticos, históricos, políticos são recentes, estão no século XX e chegam a nós em pequenas doses, nossas mães e avós pouco sabiam do que realmente acontecia na maternidade. E onde há pouca ciência, há muito mito, muita lenda, muita intuição. E no lugar de se falar em responsabilidade, se inculcava muita culpa nas mães. Manuela dorme no quarto dela, muito bem, obrigada! Mas, tem gente que vem na minha casa, pergunta como ela dorme e ainda faz cara feia para mim - quando se fica mais velho se permite ser mais mal educado...Enfim...O pediatra ficou feliz com nossas escolhas para a Manuela.
A culpa é terrível, porque pode vir subentendida em frases do tipo: "mas, você não vai...?", ou "você teve coragem de...?", que já está na ponta da língua de um monte de gente que se acha entendido no assunto maternidade. A prática que adoto com Manuela serve muito bem para nós, eu divido com meus amigos aqui, e cada um faz do seu jeito, ora ora!!! Aliás, cada amiga minha faz de um jeito diferente, trocamos informações e ninguém fica colocando culpa na outra!
Ah, é um horror essa "culpa"! Porém, eu escrevo muito aqui sobre responsabilidade - sustentar os efeitos dos seus atos por um filho. Alimentar, limpar, estimular, cuidar da melhor forma possível. E o melhor exige de nós um abdicar do que nos é conveniente para que seja conveniente ao filho. Por que não?
Continuo em outra postagem...

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