terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Discordar e desautorizar



Criança com 3 anos já sabe o que quer e diz isso com clareza, viu? Rs.
Então, nessa fase fica mais evidente se os pais tem afinidade na educação que querem para seu filho, ou não...
Aqui em casa, eu e Antonio praticamente não temos divergências a respeito da educação da Manuela. Conversamos muito com ela, nossa fala é muito parecida, então, não temos problemas quanto a isso.
Mas, há muitas familias em que os pais discordam muito...Ou famílias em que o pai é ausente e só reclama dos erros que percebe na educação dos filhos, mas, ajudar que é bom, nada...
Além da questão interna, entre pais, de concordar ou não entre si, tem as intevenções externas, de parentes, avós, tios e todo mundo que acha que pode intrometer-se na educação da criança...
É Claro que qualquer pessoa pode discordar a repeito da educação de uma criança. Mas, isso não significa que deva intervir diretamente ou mesmo desautorizar a educação dos pais. Aí é que não pode...
Na escola da Manuela, assistimos a uma palestra de uma pedagoga que trouxe à tona que antigamente a educação que a criança recebia na escola, recebia em casa e na casa dos avós. E que agora a criança recebe uma educação na escola, outra em casa e outra na casa dos avós...Dentro desse quadro atual, a educação da casa desautoriza a escola e a educação dos avós desautoriza a de casa e a da escola...E a criança fica perdida em meio a essa falta de coerência ética, de perspectiva educacional...
Os avós decidiram que não devem dar limites aos netos, os pais decidiram que os filhos não podem ser tolhidos de nada na vida e a escola tem que lidar com essas crianças mal educadas...Mais ou menos, porque a escola passou a tratar os alunos como clientes, na busca por manter-se no negócio da educação, e todo mundo sofre com essa situação distorcida...
E sabe quem, no final da história, se torna o vilão? A criança...
Como a situação é sempre delicada, porque a mãe acha que sua mãe pode ajudar na educação, e o pai acha que a mãe dele pode ajudar na educação do filho...Desentendimentos podem se tornar regra dentro de uma casa...Conheço casal que, desde que o nenêm nasceu e a sogra passou uma temporada lá, tudo azedou...E são tantas as histórias de amigos e conhecidos assim...
Há uma falta de sintonia enorme...As sogras vão às casas dos filhos, como se fosse a sua casa também...Aí, não respeitam as noras e aí, tanto noras como sogras vivem se ofendendo por tudo o que as outras fazem ou falam...
As sogras chegam na casa das filhas para mandar na casa junto com as filhas, ou até mais, às vezes...Rs...E não respeitam os genros, que se sentem desautorizados em suas próprias casas...
Que coisa essa de sair da sua casa para passar roupa para o filho, fazer comida para o filho, arrumar a casa da filha e sempre que possível, lembrando que "aproveite a comida da mamãe, porque depois..."...eheheheheheh...Ou dizendo "mas, esse teu marido é mal educado demais!"...eheheheheh...E lá alguém merece mulher e sogra pra reclamar de você dentro de casa? E lá alguém merece a sogra demonstrando como cuidar direito do filho dela? eheheheheh. 
Então, é muito importante conversar sobre isso! Afinal, As sogras tem todo o direito do mundo de discordar do marido que as filhas escolheram, da educação que os genros dão aos netos, mas não cabe a elas nem a ninguém desautorizar, invadir um espaço familiar em construçao pelos filhos...
A desautorização começa dentro de casa, na vida a dois e se estende quando as crianças nascem...
E aí a vida a dois pode estar em risco constante, tendo uma terceira pessoa desautorizando, reprovando ou colocando uns contra os outros, numa chantagem emocional sem fim...Se a mãe reclama do marido da filha sempre que pode...Aí, reclama da educação que o genro dá para o neto dela...Isso é de um desrepeito muito grande com a casamento da filha, com a relação que a filha está vivendo...Então, o casal tem que conversar para não se abalar pela desautorização desrespeitosa...Seja sobre o relacionamento, seja sobre a educação dos filhos!
Como conseguir equilibrar sua relação familiar se a todo momento vem uma crítica ou bombardeio da sogra ou outro parente? Seja sobre o desgosto dela pelo genro/nora ou pelas críticas à educação dada aos netos? A desautorização parte dessa zona cinzenta, de falta de limites claros a respeito dos papéis na relação do casal e da educação dos filhos...

Registre uma única vez o desgosto de sua mãe a respeito de seu marido/esposa e não permita que isso vire um disco arranhado, que engata ali e não muda...Afinal, você cresceu e não pode permitir que sua relação se desfaça pela vontade da sua mãe...Ela tem que respeitar sua relação e sua família, o núcleo emocional que você está erguendo. E respeitar a educação que você escolheu para seu filho. 
Parece simples, sei que não é. Uma mãe que não tem limites usa a maternidade para fazer drama e chantagem emocional, logo vai apelar que o filho não a ama mais, que esqueceu da família, que não conhece mais o filho, ixi, todo mundo conhece essa novela, sei, sei...Rs....Já vi mãe gritar ao filho que ele não ia ser feliz com "aquela" mulher, quando se viu descoberta pelo filho em uma grande mentira...Rs...E mãe gritando que ia se matar se o filho fosse morar fora do país...Rs...E por aí vai...Rs...É, elas são de carne e osso, cheia de defeitos, como todos nós, mas defendem o contrário, que nunca mentem, que tudo o que fazem é para o bem dos filhos e..sei, sei...já conhecemos essa novela...Rs...
Gente, isso que descrevo é uma caricatura da maternidade. É! Mulheres que acham que por serem mães podem manipular muita coisa e no final fazer um drama para que os filhos não enxerguem seus defeitos e o que elas tenham feito de errado. Aliás, conta uma lenda que mães nunca erram...Rs...Ou fazem mal aos filhos...Rs.
Essa caricatura é um belo de um entrave ao nosso desenvolvimento emocional...Isso sim! Somos imperfeitas, erramos, toda pessoa deve admitir seus erros e, mais, saber admitir seus atos com dignidade. Maternidade fica melhor com respeito, transparência, honestidade, não é mesmo?
Chantagem emocional é uma forma infantilizada da mãe para manter-se no centro das emoções de seus filhos. Todo mundo crescido, não dá para casar e, ainda assim, pedir autorização da mãe para tudo o que fizer, ou dá? Eheheheh.
Usei como exemplo a sogra, porque normalmente é ela que mais se sente insegura quando os filhos casam e, ela tenta se firmar como melhor mulher e mãe diante dos filhos, ou quer controlar a filha a vida inteira ensinando permanentemente como ela deve cuidar da casa e do marido...heheeheheh.
Inseguranças, muita insegurança, como diria meu terapeuta. Rs.
Se o casal não se entende..Nem entre si...Sobre a vida a dois e sobre a educação dos filhos...E nem precisa da sogra pra complicar as coisas...Rs...Então, é preciso conversar, ouvir um terapeuta individual ou de casal e continuar em busca de entendimento, harmonia...
Ler juntos sobre educação, ir a escola juntos, avaliar emocionalmente o filho, acompanhar o desenvolvimento emocional do filho, se avaliar, avaliar a relação, buscar o melhor para a relação, porque casal que fica cada um de seu lado se defendendo das acusações mútuas, não se ajuda...
E o "X" da questão...Sabem qual é? Querer o melhor pra relação a dois, para o filho e se ajudar emocionalmente de forma mútua...
Eu admiro meu marido, por seu caráter e pelo amor e dedicação à Manuela.  Isso ajuda a nossa relação. Se você não consegue admirar o homem que está com você como pai ou mesmo como marido, então, a relação tem um problema muito grande...Acumular mágoas, desentendimentos é só o começo...Aí, tem brigas, desautorização, intromissão de amigos e parentes...Ixi...Difícil...A relação tem que estar saudável para todo o resto caminhar em harmonia, sem se abalar pelas fofocas, pelos desentendimentos normais, para que não haja desrespeito dentro da relação a dois, e nem desrespeito à relação por outras pessoas. E assim, preservando a família.
Não dá para brigar com o marido e contar para a mãe tudo, como se ela fosse sua amiga..Ela é mais do que amiga, e por isso, se magoa mais, intervém mais e pode nunca mais ter uma boa relação com seu marido...Vale a pena? Se você vai continuar ao lado dele, então, por qual motivo incluir sua mãe nos desentendimentos do casal? Aí é pedir para ter problemas...Não é mesmo?
E, muito importante lembrar! Seu filho está crescendo, vai perceber tudo, desde a omissão do pai, a falta de coerência entre as várias pessoas que pretendem educá-lo e a desautorização, seja entre pais, seja dos avós e parentes...E isso não é saudável para o filho! Então, se não pelo casal, mas pelo filho, melhor coibir toda forma de incoerência ou desautorização sobre a educação da criança.
Aqui embaixo, vários links sobre os marcos de desenvolvimento aos 3 anos, e sobre desautorização.
Permitir que sua ação educativa sobre seu filho seja desautorizada é uma armadilha!


http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-73302001000200016&script=sci_arttext
http://www.estimulando.com.br/desenvolvimento.htm
http://guiadobebe.uol.com.br/discordar-pode-desautorizar-nao-pode/
http://stoa.usp.br/chrisdunker/files/1871/10611/2008+-+A+Desautoriza%C3%A7%C3%A3o+da+M%C3%A3e+pelo+Pai+-+Revista+Pais+e+Filhos.pdf

http://www.portaldafamilia.org/artigos/artigo403.shtml
http://www.portaldacrianca.com.pt/artigosa.php?id=88
http://giselleeducacao.blogspot.com/

http://paulorios.org/2011/06/17/casa-de-avo-tambem-e-lugar-de-educar/
http://www.bolsademulher.com/familia/dia-dos-avos-39657.html

Beijos,
Gilda

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

3 anos bem à frente!

Hum, hum!
Aqui em casa é assim...Manuela acorda uma manhã e já notamos uma mudança nela. São frases bem ditas, coerencia no raciocínio, às vezes troca do "r" pelo "L" e assim vai...Rs.
Os 3 anos estão bem logo adiante. Isso! E com a idade nova, marcos de desenvolvimento já apontam no horizonte.
Aos 3 anos a criança consegue segurar corretamente um lápis. Manuela tem alguns aspectos acelerados em seu desenvolvimento, conforme avaliou sua psicóloga infantil e já corresponderia a uma criança de quase 5 anos...Por isso, ela já pega há muito tempo com firmeza e perfeição em lapis, desenha linhas retas, curvas, faz rostos com olhos, nariz, boca...Adora!
Aos 3 anos, a criança já pode ganhar sua bicicleta e treinar suas pedaladas por aí. Rs. Manuela não tem uma bicicleta, ainda, e prefere que eu a empurre no triciclo. Mas, deixada sozinha, já começa a pedalar.
Outro marco dessa fase da criança é em relacão aos sentimentos. A criança os expressa e percebe os sentimentos ao redor. Então, como aqui em casa não há agressões verbais ou físicas à Manuela, nossas conversas são assim:
- Mamãe não gostou do que você fez, porque bagunçou tudo, minha filha!
- Desculpe, mamãe, não precisa ficar triste, já vou arrumar, você me ajuda, mamãe?
E eu caio na risada sempre, porque acho lindo, lindo, juro. Ela pergunta se estamos tristes ou felizes. Disse para mim que a professora nova dela a ama. Rs. E que o ela ama o cuzcuz e otto, e eles a amam, também. Rs.
No primeiro dia de aula uma amiguinha do ano anterior não foi pra escola e Manuela me disse assim: "a Gabriela não me ama, ela não foi pra escola."
E para dormir...Rs...Mil beijos, e entre os beijos: "eu te amo mamãe", mais beijos, mais eu te amo, até dormir...Rs.
À essa altura, a criança já reconhece os iguais e os diferentes, distingue cores, tamanhos e conta histórias. Fase linda demais! Uma menininha ou um menininho crescendo.
A criança também veste-se e calça seus sapatinhos sem ajuda. Há alguns meses que Manuela pega um lado do sapato e pergunta se é o lado certo para calça-lo. Ontem, ela apareceu para mim já com o tenis calçado, certinho. Ela ria, mostrando o que havia feito. Rs.
Hoje, ao sair de casa, ela viu alguma coisa suja na parede da sala, e me disse: "olha, está sujo, mamãe! pode deixar que eu vou limpar depois!", repetindo uma frase que eu sempre uso "pode deixar, Manuela, que eu limpo depois!". Rs.
Essa fase, também, exige uma postura correta acerca de como a criança deve ou não se comportar...Limites. As birras aparecem, a afirmação, as vontades bem expressas...
Dificilmente aqui em casa nós brigamos. Com Manuela a conversa resolve quase sempre. É só observar que ela fez bagunça e ela arruma tudo. Se eu brigar, ela faz birra...Então, a estratégia é sempre conversar. E assim, ela já repete: "tá bom, mamãe, desculpa, tá?". E assim, nos entendemos perfeitamente. Até porque se tem uma coisa que eu sempre ouvi e juro, odeio, é quando ouço mãe que bate, grita, agride e depois fala pro filho: "engolhe o choro", ou "não quero choro" ou "para de chorar"...Acho de uma estupidez enorme!
Outro dia, estava na ópera de arame e vi uma cena ridícula...A mãe, nem aí pro filho, bateu, agrediu, gritou para todos ouvirem, porque a criança quase foi atropelada...E ela que é a mãe, que deveria ter a criança sob seus cuidados, incapaz de reconhecer suas falhas, descontando, humilhando a criança...Ai, que ódio que me deu de assistir àquela cena, viu?
É dessas mães que não estão muito preocupadas com os próprios filhos e que põem os filhos em "coleiras", porque aí, elas curtem seus passeios e não se ocupam com seus filhos...Dá trabalho, né?É, né? Educar dá trabalho...Olha, gente, se eu colocar pompons rosas, glitter, e colocar a coleira na minha filha para ela ficar brincando só ali em volta da cama, até onde a coleira alcança, ainda vai ser uma violação à liberdade dela? Vai, né? Pois é...Nem com todo o frufru do mundo, ou disfarçada numa mochila, deixa de ser coleira...Mas, quem não educa filho mesmo, é sem noção mesmo, acaba que acha uma "mão na roda" usar a coleira...Melhor colocar nessas coleiras as crianças que não são educadas para andar em público...
Até porque, Manuela passeia de mãos dadas comigo e com o pai dela. Se o passeio é com ela, então, ela está de mãos dadas ou no colo. Assim simples. E ela é educada para não soltar a mão, por exemplo. Se a criança não recebe educação ou resiste à educação que lhe é dada, sinal de alerta aos pais, que devem solucionar isso ao invés de por coleiras nos filhos. Educação não pode ser adiada nunca...Ou pode? Ou não educa e poe coleiras? Daqui a pouco vão desenvolver uma variante da focinheira para as crianças que mordem outras crianças? Ui...
As pessoas estão perdendo a vergonha por não educarem seus filhos...Hoje, numa farmácia, eu comprava a pasta e escova de dentes para Manuela. Conversava com Manuela, porque ela gostou de uma pasta com fluor e para a idade dela não é usada pasta com fluor. Uma mulher ao meu lado soltou essa pérola: "ah, sabe, fui nessa de usar pasta sem fluor e aí quando vi meus filhos estavam com cárie. Agora uso só com fluor. Você escova os dentes uma vez ao dia e já resolve".
Quer dizer que a mãe não escovava os dentes dos filhos, não estimulou a escovação e a culpa agora é da pasta? AHAHAHAH. Sem noção, totalmente! E a culpa deve ser da dentista, também...Rs...E escovar uma vez ao dia o dente dos filhos? Gente, e a culpa é da pasta de dente!!! Ui....
Hoje, Manuela viu uma barra de chocolate na farmácia e disse que era uma barra de cereal...Rs...Aí, eu expliquei que não era...Rs...Ela sabia...Rs...E eu digo a ela o que posso e não posso comprar...E ela choraminga, resiste, mas se conforma. Até ensaia umas birras, mas compreende que não poderei comprar aquilo, naquela ocasião. 
Seu comportamento com outras crianças mudou bastante nos últimos meses. Antes, ela resistia muito a socializar com outras crianças, porque queria todos os brinquedos só para ela, não entendia as brincadeiras nem se comunicava plenamente, mas nessas férias foi só diversão! Ela me chama para ir bater na casa da vizinha e brinca muito com a menininha de 4 aninhos. Elas desenham, correm e gritam bastante! Rs.
Ontem, foi outra tarde de brincadeiras. Correram, fizeram comidinha, riram muito. Rs. E ela brinca bem com os filhos das minhas amigas, apesar da diferença de idade. Rs. Como eles tem entre 8 e 12 anos, se entediam de brincar com Manuela, mas gostam dela e procuram brincadeiras de correr que todos gostem. Rs.
A socialização é um marco muito importante no desenvolvimento da criança.
Uma das amiguinhas da Manuela não é bem educada, a empurra, puxa pé, cabelo...E Manuela nunca a machucou...Nunca a tratou mal...Eu acompanho de perto essa amizade, porque eu tenho chamado a atenção da menina mal educada, por enquanto, mas, se a menina não mudar seu comportamento, não vou mais deixar Manuela brincar com ela...
Onde já se viu isso? Criança que morde que nem cachorro? Que empurra, maltrata? Que não sabe tratar bem outras crianças desde cedo...Já tem um instinto ruim e só tende a piorar com o tempo, porque sem educação quando pequena, sem educação quando maior...Já dá para, infelizmente, imaginar o "ser" humano que vai se tornar...Educação e limites fazem muita falta...
Mas, as pessoas confundiram educação com autoritarismo...E aí, aboliram de suas vidas os dois! Não são autoritárias, o que é ótimo para a sanidade mental das crianças, mas não educam, também, e salve-se quem puder de tanta gente sem educação...
Educação é um ato de amor, mas só educa quem abdica do seu tempo para construir um modelo ético para seus filhos. Filho não se cria sozinho, OBVIAMENTE!
Gritar, dar "tapinha", bater, e todas as agressões verbais e físicas que ainda hoje tem mãe que acha que é educativo, não é amor, não é educativo...É punição, é castigo, não é educação, nem aqui, nem na China! Rs.
#prontofalei
Rs.
Beijos,
Gilda

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Meu selinho do coração!

 


Eu sempre me emociono quando recebo contatos no blog, sempre! E eu via os selinhos nos blogs e queria um para mim...Rs...E fiquei tão feliz e emocionada quando a mamãe ursa me ofereceu o selinho! É muito bonito o que nós mulheres temos feito com a internet, com blogs lindos sobre tudo nessa vida. E mais!
Agora, eu tenho que indicar 5 blogs para indicar o selinho. Ah, que fofo! Não só ganho o selo, como posso oferecê-lo a outra blogueira! Adorei!
Eu leio alguns blogs com muitos seguidores e a idéia do selo é que o blog premiado tenha menos de 200 seguidores. Então, lá vai meu selinho para os blogs:

1. http://partodoprincipio.blogspot.com/
2. http://www.peralticesinvencionices.blogspot.com/
3.http://amamentacaoexclusiva.blogspot.com/
4.http://espacobemnascido.blogspot.com
5.http://autismobemvindoaomeumundo.blogspot.com/

Espero que todos gostem de seus selinhos, assim como eu!
é só copiar do meu blog, indicar outros 5 blogs, com menos de 200 seguidores, e dar essas orientações.
Eu pesquiso em muitos espaços para escrever aqui, leio tantos blogs, são tantas pessoas orientando, ensinando, ajudando...Há muitos outros blogs e espaços para visitar. Mas, os blogs que indiquei acima são muito ativos e me ajudam muito sempre!
Beijos!!
Gilda

domingo, 15 de janeiro de 2012

Autismo

Olá!

Assistia há pouco um filme norte americano, estilo comédia romântica bobinha, e que teve uma cena de parto normal muito muito muito bizarra...Ai, que raiva disso...Rs..Nem para me divertir consegue mais...Rs.
Mudando de assunto...Rs...
Na ultima postagem, falei sobre uma síndrome que foi nomeada em 1866. Hoje, queria falar de uma síndrome nomeada em 1943, por Leo Kanner, o autismo. Mas, já em 1940, Hans Asperger havia descrito uma síndrome que parecia um autismo em grau leve, que ficou conhecido como síndrome de Asperger. Nos sites nacionais que eu pesquisei encontrei referência à síndrome de Asperger como autismo leve, mas nos EUA ela é não é classificada como uma forma de autismo.
Anos atrás eu vi um documentário sobre o autismo, e confesso, não sabia nada a respeito...E acho que é a regra para quase todo mundo...Estamos rodeados pela aparência de normalidade, que evitamos o que poderia macular isso...Ou não? Em nossas famílias quase sussurrava-se quando o assunto era o filho da conhecida da conhecida que poderia ter alguma síndrome...Que nem se sabia direito o que poderia ser, e até se especulava aspectos mais sérios...
Inicialmente, acreditava-se que o autismo teria em sua causa o comportamento dos pais sobre o filho, tendo em vista que a criança autista isola-se socialmente, recusa-se a falar e cobra rotina em seu cotidiano.
Aquele entendimento foi superado,mas, até bem recentemente eu ouvi uma psicanalista comentando que há uma segmento deles que atua na relação de mãe e filho autista.
Hoje a medicina prega o autismo como uma desordem neurobiológica. Mas, ainda não se sabe precisamente sobre essa desordem. O diagnóstico é clínico, tão-somente. Algumas síndromes estão associadas ao autismo, então, pode-se fazer exames para fazer tal associação. Crianças autistas podem apresentar surdez, também. Já se estuda causas ambientais, como toxinas, entre as causas do autismo.

Segundo a organização americana de autismo, para cada 100 nascimentos nos EUA 1 é de uma criança com autismo. E a maioria é de meninos (1 em 70), o que demonstra que o autismo não é raro.
A maior parte das crianças já tem o diagnótico no nascimento, e uma minoria é diagnosticada até os 3 anos de idade. Há, ainda, um autismo tardio, que pode aparecer até os 12 anos de idade na criança, e que pode estar associado a outras síndromes.
Uma criança autista se isola, não atende aos chamados por ela. Não usa gestos ou a fala para comunciar-se...
 Imagino o choque que tal comportamento provoca nos pais. Desde a gravidez há um crescente de sentimentos dos pais para com o embrião, feto e seu bebê recém-nascido. E o tanto que esperamos pelo olhar do nosso filho, pelo sorriso e por seus carinhos, e não se pensa que essa troca possa não ocorrer...
A rotina é muito importante a uma criança autista. A repetição é brincadeira e ao mesmo tempo rotina. É uma criança que se ressente de mudanças em objetos em casa, em mudar seus hábitos diários, e que suas brincadeiras são de repetições, de organizar coisas ou mesmo memorizando informações.
Crianças e adultos autistas normalmente tem habilidades marcantes na memorização ou desenho, por exemplo. Seus sentidos são extremamente sensíveis, e sons nem tão altos podem incomodá-los terrivelmente. Em se tratando de testes de Q.I. elas tem desempenho melhor no aspecto motor e espacial, do que na parte cognitiva e verbal, mas 70% apresenta Q.I. abaixo de 70.
Na ultima postagem, eu comentei que achava que havia graus na síndrome de down, e que isso é mito. Então, no documentário que assisti há alguns anos, falava dos graus de autismo, e realmente é verdade. No grau leve de autismo, que alguns chamam de desordem de Asperger, a criança tem dificuldades de comunicaçao e socialização leves e suas peculiaridades são tomadas por "manias". Nesses casos a criança desenvolve a fala e pode graduar-se em curso superior, inclusive. No documentário que vi, uma secretária autista deu seu depoimento, e alguns professores universitários também.Eles tem uma habilidade invejada por muitos (por mim, inclusive) de memorizar, concentrar-se, abrir mão do lazer para acabar a leitura de um livro ou cumprir uma meta profissional.
Claro que sob o aspecto social, são pessoas isoladas, sem talento social, com dificuldade grande em compreender falas com metáforas, ironias e piadas. Enfim, elas tem muita dificuldade de conviver socialmente.
Entretanto, há uma estatística americana de que apenas 56% das crianças autistas terminam o ensino médio lá....Apesar de sabermos que não é raro e que alcança muitas crianças, os países parecem passar por situações semelhantes: pouca pesquisa, pouca discussão social que resulta em poucos avanços na política de educação e saúde para pessoas autistas...
A AMA (associaçao dos amigos dos autistas) e ABRA (associaçao brasileira de autismo) se esforçam e tem uma campanha para assistência e direitos das pessoas autistas, mas só quem tem alguém na família com autismo é que acaba por saber dessas campanhas, porque não há muito apoio da sociedade...
A partir do autismo brando há graus intermediários e o grau severo, quando a criança não consegue desenvolver a fala, e tem muita rigidez e repetição em seu comportamento e rotina. O prognóstico do grau do autismo se dá com o tempo, pois dependerá do desenvolvimento da fala da criança até os 7 anos, por exemplo. Se a criança tiver Q.I. mais proximo à media (90-109), fará terapia ocupacional, psicoterapia, fonoaudiologia e fisioterapia, tendo um grupo de profissionais para cuidar dela! parece muita coisa, mas não é! É cuidado, muito cuidado a apoio à criança.
É sempre difícil, vale lembrar, aplicar testes cognitivos às crianças autistas, pela disparidade em aspectos sensoriais, espaciais e cognitivos. Mas, no autismo severo, a criança precisará de acompanhamento em tempo integral, para ajudá-la a controlar-se não só socialmente, como dentro de casa, com seus pais.
Alguns links sobre autismo:

http://www.autism-society.org/
http://www.autism-society.org/about-autism/causes/environmental-health.html
http://www.autismo.org.br/
http://www.autismo.com.br/
http://carlagikovate.com.br/index_arquivos/Page312.htm
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?44
Essa postagem continuará!
Beijos
Gilda

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Síndrome de Down

Oi!

John Langdon Down descreveu uma sindrome, em 1866. Não se trata de uma doença, mas um acidente genético no início da gravidez, na divisão do embrião. Ela pode ocorrer em qualquer sexo ou etnia. Sua ocorrência é rara, pois as chances sao de 1 para cada 800 nascimentos.
A pessoa com a síndrome apresenta 47 cromossomos ao invés dos 46. A constatação da síndrome ocorre ja na barriga da mãe, quando o exame de translucência nucal indica um alto ou baixo risco de alguma síndrome, conforme as medidas do feto, e aí procede-se a uma investigaçao de ordem genética, que confirma ou não a existência do cromossomo a mais.
Pode acontecer dos exames não levantarem suspeita da síndrome, mas ao nascer, as características físicas, como flacidez na musculatura, mão curtas e largas, boca pequena, pálpebras estreitas e ainda questões de ordem fisiológica como problemas cardíacos (em torno de 30- 50% dos bebês), estrabismo, catarata (mais de 50% podem ter problemas visuais), problemas auditivos, de tireóide etc podem conduzir ao exame genético no bebê.
Assim como o cromossomo extra pode ter vindo do pai ou da mãe, o desenvolvimento da criança dependerá de sua herança genética, de sua educação formal, estimulos etc. Então, eu, que antes de pesquisar para a postagem, achava que havia graus da síndrome de down, descobri que esses graus a que tanto as pessoas falam, não existem. Os "graus" em questão se referem ao grau de deficiência cognitiva de cada criança, que variam de leve a moderado, conforme sua herança genética.
A criança vai desenvolver-se com apoio da família e de fonoaudiólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e psicólogo para quetenha avanços motores e intelectuais.

Hoje é muito importante que saibamos que as crianças com síndrome de down tem sido cada vez mais integradas à escola e à sociedade. Isso é de uma beleza única, porque estamos deixando para trás a época em que as crianças com algum tipo de deficiência eram excluídas parcial ou totalmente, da escola e da sociedade...
Uma grávida com 27 anos tem chance de 1 para 1.200 de sofrer do disturbio genetico que propicia a síndrome. Já uma mãe de 30 a 35 anos, tem 1 para 365. Após os 35 anos a frequência aumenta mais rapidamente. Então, por muito tempo entendeu-se que as mulheres mais velhas é que se expunham a problemas de ordem genética, mas hoje sabe-se que as chances existem para mães mais jovens, também.Aliás, eu li que 70% dos bebês com síndorme de down são de mulheres com menos de 35 anos, tendo em vista que elas engravidam mais do que as mais velhas.
Engravidar é um ato de querer amar um filho, e ele pode nascer precisando de muito mais apoio e amor. É a diferença, apenas, e pode ser um filho nosso que precise de mais apoio. A maternidade é isso, mais expectativa do filho do que nossa. Mas, se focarmos em tudo o que nós queremos do filho, é mais difícil lidar com adversidades. É muita expectativa sobre uma criança. Rs.
A criança com síndrome de down tem saúde mais frágil (principalmente nos primeiros anos de vida) e desenvolvimento mais lento, é isso. Os traços de seu rosto e suas mãos carregam a história que ela fará de si mesma, por si mesma, com ajudas indispensáveis, como as dos pais dela.
Crianças com down já nascem vitoriosas, porque venceram o aborto iminente, que a natureza executa em casos semelhantes. Então, comemorar a vitória da vida sobre as deficiências é muito positivo. A alegria fortalece. O medo enfraquece. E seu filho não deixará de querer viver, sorrir, brincar, aprender por medo. Não, a vida é maior que as deficiências, sejam elas minhas, tuas, deles, delas, não é mesmo?
Sejam elas aparentes ou não.
Há documentários cuidando de contar a vida dessas pessoas tão especiais, dentre eles um que eu já vi e gostei que é intitulado: Monica&David. O filme levou o prêmio de melhor no festival de Tribeca. 
Há o documentário "do luto à luta", mas ainda não assisti.
Alguns links úteis:
http://www.portalsindromededown.com/
http://fsdown.org.br/
http://www.portalsindromededown.com/orientacoesgestantes.php
http://br.guiainfantil.com/saude/157-sindrome-de-down/155-criancas-com-sindrome-de-down.html
Beijos!
Gilda