quinta-feira, 30 de julho de 2009

Hum! Rs

Um dos comentários passados me levou a pensar no quanto é diferente a relação de mãe e filho na Europa e na América do Norte e do Sul. Daí que lembrei do Vygotsky. Ele foi um prodígio, infelizmente morto de tuberculose com apenas 37 anos. Mas, enquanto vivo leu tudo o que havia sido produzido de conhecimento - 1896-1934.
Para Vygotsky, o ser humano é moldado conforme suas interações com o seu meio, o que torna a educação um processo histórico-cultural-social. Sua análise parte de estudos biológicos do homem, associando desenvolvimento biológico, psicológico e social. Interessante, não?
Para ele, o homem acessa de forma mediata os objetos, conforme os símbolos sociais lhe ofereçam recortes do real. Nesse processo humano, a cultura e a linguagem são fundamentais para o homem interativo de Vygostsky. A criança, o aluno, o homem estão todos aprendendo juntos, porque estão dentro do mesmo grupo social.
Interessante isso porque no livro de biologia do desenvolvimento que eu estava lendo, há exemplos de diferenças culturais que refletem diretamente sobre a educação e formação do homem. Como em algumas partes da Africa, onde as mães retardam o andar dos filhos, porque tem que carregá-los junto ao corpo no dia-a-dia; como nos EUA, em que as mães dão horários de amamentação e sono aos filhos, porque tem que trabalhar; ou ainda, em algum lugar que não me lembro agora (Rs) em que os bebês andam antes dos 10 meses, porque são exercitados por seus pais e irmãos desde que nascem. Conforme o estímulo do meio, o desenvolvimento do bebê será "mais rápido" ou "mais lento" se comprararmos culturas distintas.
Aos 4 meses de vida, segundo os pediatras brasileiros, o bebê está preparado para dormir uma noite inteira. Dependendo do hábito do casal esse marco de desenvolvimento pode ser adiado. Até os 6 meses o bebê só precisa de leite materno. Tem casal que não dá o leite materno, casal que tira o leite antes desse prazo. Casal que acha normal que seu filho fale "mais tarde", porque alguém da família também começou a falar mais tarde. A fala é um processo individual e cada um tem seu próprio desenvolvimento, que pode acabar atrasado por causa de premissas equivocadas. Assim é que o estímulo é muito importante para que o desenvolvimento do bebê seja acompanhado com êxito. Para que se saiba o que não está se desenvolvendo na época em que se considera mais propícia, também. Não engatinhar envolve pular processos neurológicos, por exemplo, importantes ao bebê.
Bater num bebê, numa criança, ainda que seja aquele tapinha educador, é o insuperável...Ensina-se a violência física desde pequenino. Ensina-se que a violência física em graus pequenos é tolerada e educa...E assim caminha a humanidade...
Nos conduzindo a pensar se é possível algum dia alcançar princípios educativos universais para o homem...A partir de qual modelo, alguém me responde? O nosso? O europeu? O norte americano? Hum...
Continuamos na esfera da comparação, na busca por métodos mais inteligentes, mais coerentes com o que entendemos ser o melhor para nossos bebês, ou mesmo, alguns só querem saber o que está aí sobre educação para adaptarem às suas vontades próprias...Enfim, Tudo o que já foi dito e escrito sobre educação depende do nosso bom senso em saber como usá-las, quando, onde e porquê usá-las.
Minha mãe diz que pediatra "é um cara que foi muito judiado da mãe e por isso agora judia do filho dos outros"...Ahahaahahah.
É porque 3 pediatras que me visitaram na maternidade foram explícitos: mamar a cada 3h, 15 minutos em cada peito, não mais do que isso e não ter medo do choro, porque o bebê vai chorar....Era sair o pediatra e minha mãe reclamava, entrava outro, repetia a mesma coisa e, saindo, minha mãe reclamava...Rs.
E quando o pediatra perguntou se tínhamos conseguido que a manuela dormisse no berço e dissemos que ela só dormia no berço, ele elogiou, minha mãe não se conformava...Na minha infância, havia uma porta de comunicação do quarto das filhas para o quarto dos meus pais...Toda noite tinha pelo menos uma de nós estava dormindo na cama com eles, e foi assim até meu pai falecer, quando eu, mais velha, já tinha 13 anos...Minha mãe reclamava um monte, mas não sabia o que fazer para mudar isso.
Hoje, eu penso no quanto isso era um mau hábito, no quanto isso poderia ter sido administrado de forma diferente por meus pais. Enfim...Rs...Nós atrapalhamos um bocado nossos pais! Rs.
Beijos
Gilda

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Continuando a outra postagem

Não deixar chorar é o erro mais comum e apoiado por todo mundo. Mais de um profissional que cuida de crianças já disse: o bebê VAI chorar, porque é a única comunicação com o mundo que ele possui. Acalme, acalente, mas não proteja seu filho do próprio choro.
Na primeira noite no berço, Manuela chorou. Ela não entendia que dormiria ali. Ficamos ao lado do berço, segurando na mão dela e ela chorou por exatos sete minutos e adormeceu. Nas noites seguintes o ritual se repetiu, o choro foi reduzindo e ela nunca trocou a noite pelo dia, sempre dormiu direitinho em seu berço e agora só acorda para mamar às 6h da manhã (começou anteontem isso!).
Ah! Ela normalmente não chora para dormir. Deita no berço e adormece sozinha. Quando ela está muito agitada, reclama um pouco, mas logo adormece. Sabe o que aqueles (geralmente mais velhos) que não souberam lidar com seus filhos (mas não reconhecem isso) dizem: "vocês tem sorte porque a Manuela é boazinha"...Ahahaah...A gente acredita no que quiser, não é mesmo?
Hoje em dia eu sou radical quanto ao assunto conhecimento. Hoje há livros de todos os preços, informação em posto de saúde, com o pediatra, em revistas, internet etc, então, não acho que haja desculpa para a mulher não se informar sobre o que acontece na gravidez e nos cuidados com o filho. Pode ouvir a mãe, pode, mas tem que saber quando não é para ouvir a mãe! Eu tenho um livro que comprei super baratinho, é de um chefe de pediatria da escola paulista de medicina e se chama "o novíssimo manual de instruções do seu bebê". Além da linguagem brincalhona do autor, ele sempre brinca que as opiniões erradas sempre vem primeiro da mãe da nova mãe e da sogra da nova mãe...Rs.
Minha mãe não podia ouvir Manuela chorar para dormir que ficava repetindo que ela estava com alguma coisa fora do normal...Que eu não tinha leite e que ela tinha certeza que o pediatra ia passar complemento na primeira consulta...Foi um teste à minha paciência e num próximo filho só eu e Antonio ficaremos com o bebê em casa nos primeiros meses, que era como eu queria que tivesse sido desde essa primeira gravidez. Mas, as pessoas te dizem o tempo todo que é "muito trabalho", "muito difícil"...Aff!
Imagina de madrugada, os mais velhos enlouquecem quando eu comento como procedemos. Rs. Até Manuela completar dois meses, deixavamos que ela dissesse quando queria mamar. E sempre que ela acordava, eu a amamentava. A partir do segundo mês, seguimos mais à risca o ritual da encantadora (isso já foi, até, objeto de postagens minhas) e se Manuela acordasse antes da hora que ela havia mamado na noite anterior, quem levantava era o Antonio e ele a acalmava até ela adormecer de novo, o que aocntecia logo, porque Manuela se incomodava com gases e precisava de massagem de madrugada. Aí, mais tarde ela acordava e queria peito e eu assumia. Bebês são reloginhos, sim, porque Manuela boceja de sono após umas 2 horas acordada, pede peito desde que nasceu a cada 3h, às vezes 2:30h. Quando ela está com fralda limpa, mamou há pouco tempo e dormiu há pouco tempo, faço massagem, brinco com ela. Geralmente, ela está entediada, ou com gases.
De noite, ela começou com esses horários: 19h-23h-3:40h (mais ou menos), evoluiu para 19h-23h-4:50h; e há duas noites Manuela tem feito assim: 19h-23h-6h! Rs.
Ela costumava acordar com gases, mas já tem noite que isso não a incomoda. Seu intestino está mais maduro, que bom!
Tudo isso está inserido no plano para você cuidar de seu filho. Vale a pena organizar-se, ter uma rotina, nós todos vivemos com rotina, e ela é importante porque nos ajuda a saber o que esperar do nosso dia e isso serve para o bebê, também! Você ajuda seu bebê assim, porque ele saberá quando dormir e assim ter seu momento propício ao desenvolvimento - que é o momento do sono.

Melhor do que passar meses e até mais de ano sem dormir direito e com todos os prejuízos físicos e emocionais que isso traz, e mais, com os prejuízos ao bebê, que precisa dormir, quer dormir e não sabe, nem tem a ajuda dos pais para isso!

É difícil, a ajuda do pai é fundamental, a boa relação do casal, também. Você até pode substituir a ajuda do pai pela da avó, mas é uma saída, que só pode ser temporária, porque quem estará por perto nas madrugadas será o pai e ele terá que algum dia aprender seu papel de pai, ou você vai sofrer muito, se desgastar muito e exigir da avó que assuma parte do papel do pai...Tudo errado, enfim! Como visto, tudo é pré-requisito: parceiro, filho, responsabilidade. Pensem bem, mesmo, se vocês podem contar com o parceiro de vocês. Senão pode ser uma boa ideia ficar só com um filho mesmo.

Essa postagem continua...Haja papo!

Rs

Beijos

Gilda

lendas II: a polêmica. Rs

Pois é, gente, volta tudo ao normal! Rs.
Mas, engravidar envolve tanta coisa complicada...
Primeiro é o parceiro: Eu não me conformo com mulheres que escolhem parceiros super mal educados. Explicando: aqueles que aprenderam com suas mães que homem não lava louça, não ajuda na casa, que deita no sofá e deixa a mulher sentada em banco, cadeira de plástico, ou qualquer outra porcaria, que é um rei dentro de casa, servido pela empregada 24 horas da esposa...É a coisa que mais me agride nos dias de hoje. Assistir a alguns homens que se recusam a se educar, a respeitar a mulher que tem ao lado...Há que se pensar se o parceiro escolhido, além de tudo, pode ser um bom pai. Porque, vamos convir, escolher qualquer um para pai é fácil. Difícil é depois nas brigas constantes, no barraco judicial do divórcio, nas traições...O afeto é essencial a todo ser humano. Não dá pra catar um pai qualquer para o seu filho. Nem todo mundo deve ser pai ou mãe, porque não tem maturidade e educação para isso...
Segundo, o casal: não dá pra engordar 20kg, não emagrecer após o parto, extinguir a vida sexual com o marido e achar que o casamento vai melhorar com o filho...Rs. Nós temos uma tendência terrível a odiar ou esnobar de uma mulher em forma. Pior é se ela engravida, engorda pouco e após o parto volta ao corpo de antes rapidinho, como foi o caso da Claudia Leite. Ouvi tanta asneira: que ela teria feito plástica, que ela seria uma péssima mãe porque só pensava no próprio corpo...E o rol de estupidez era enorme! Pois é, engordei 9kg, comi bem a gravidez inteira (pouquíssima porcaria, é claro! Muita coisa gostosa e que faz bem) e na semana seguinte ao parto eu já estava do mesmo jeito de antes de engravidar. Só não estava com o corpo da Claudia Leite porque eu já estava gordinha antes de engravidar. A fome da gravidez é lenda, é puramente psicológico, uma ansiedade descontada na comida.
Em que ajuda o empenho em não engordar tanto? A gordura da barriga é a pior que pode haver para o nosso coração, primeiramente; engordar em torno de 20% do seu peso (que acontece com grávidas que engordam muito) sobrecarrega seu fígado, que fica gordinho (esteatose- muito comum em grávidas), já há estudos que comprovam que engordar cerca de 20% do seu peso em algum momento da sua vida aumenta o risco de doenças sérias; além do que causa uma flacidez na barriga (eu não tive flacidez em nenhuma parte do corpo, nem estria, nem nada) e em algumas partes do corpo, que só muita malhação depois para correr atrás do prejuízo; e, também, traz o risco de eclâmpsia, diabetes gestacional, pressão alta - Problemas que podem comprometer a gravidez e até a vida da mãe e do bebê...
Me digam de que adianta comer de tudo e depois ficar meses chateada porque não veste suas roupas, não se acha bonita e fica mais chateada porque precisa malhar e com o filho fica mais complicado fazer isso? E você tem ao lado um homem que gosta de você e que começa a se incomodar com seu aborrecimento constante, sua negligência com seu corpo e com você o evitando sexualmente. A relação pode se desgastar muito...
Terceiro, sua responsabilidade: antigamente, quando pouco se sabia de quase tudo, a culpa da mãe era um inferno pelo qual todas as mães tinham que passar. Se pensarmos que os estudos sociais, psicanalíticos, históricos, políticos são recentes, estão no século XX e chegam a nós em pequenas doses, nossas mães e avós pouco sabiam do que realmente acontecia na maternidade. E onde há pouca ciência, há muito mito, muita lenda, muita intuição. E no lugar de se falar em responsabilidade, se inculcava muita culpa nas mães. Manuela dorme no quarto dela, muito bem, obrigada! Mas, tem gente que vem na minha casa, pergunta como ela dorme e ainda faz cara feia para mim - quando se fica mais velho se permite ser mais mal educado...Enfim...O pediatra ficou feliz com nossas escolhas para a Manuela.
A culpa é terrível, porque pode vir subentendida em frases do tipo: "mas, você não vai...?", ou "você teve coragem de...?", que já está na ponta da língua de um monte de gente que se acha entendido no assunto maternidade. A prática que adoto com Manuela serve muito bem para nós, eu divido com meus amigos aqui, e cada um faz do seu jeito, ora ora!!! Aliás, cada amiga minha faz de um jeito diferente, trocamos informações e ninguém fica colocando culpa na outra!
Ah, é um horror essa "culpa"! Porém, eu escrevo muito aqui sobre responsabilidade - sustentar os efeitos dos seus atos por um filho. Alimentar, limpar, estimular, cuidar da melhor forma possível. E o melhor exige de nós um abdicar do que nos é conveniente para que seja conveniente ao filho. Por que não?
Continuo em outra postagem...

Bom dia!!!


terça-feira, 28 de julho de 2009

Lendas: ame-as ou...Rs

Na primeira consulta ao segundo obstetra, ele contou-me uma lenda, mas em tom de verdade científica...Rs...Disse-me assim: os dois partos tem prós e contras. No parto normal, é mentira que os músculos da vagina voltem ao normal, não voltam e depois dá incontinência urinária...A conversa seguiu, mas o tema desta postagem é justamente o aspecto sexual da gravidez. Me perguntaram se eu havia escrito aqui sobre isso e, de fato, eu não escrevi.
Minha gravidez não foi planejada dentro do casamento. Íamos começar a tentar engravidar esse ano de 2009. Mas, não posso me valer de outra lenda: a de que engravidei tomando pílula. Rs. Essa lenda é antiga, né? Rs. Quando ouço uma mulher dizendo que engravidou tomando pílula logo penso: eles não planejaram, ela não quer que ele pense que ela pode ter engravidado de propósito, ou seja, ela está usando isso como justificativa para o casal.
Mas, também pode acontecer da causa estar omissa na frase: sim, tomando pílula, mas errando o horário e esquecendo ocasionalmente de tomar alguma das pílulas. Ah! Aí, sim! Rs. Mas, do jeito que é contado, parece lenda. Rs.
Mas, não, não. Eu tirei a pílula porque estava fazendo reeducação alimentar e queria parar a pílula um pouco, afinal, há a lenda de que a pílula retém líquido, apesar de haver muita opinião divergente sobre isso. Fiz tabelinha e camisinha, mas vacilamos, segundo meu cálculo uma única vez, e a Manuela foi muito esperrrtaa. Rs. Com razão, pois na natureza os mais espertos, inteligentes e rápidos sobrevivem, né? heeheheh.
Mas, eu quero voltar lá para a primeira lenda, contada tão compenetradamente pelo obstetra. A do estica-e-não-volta. Rs. Pois bem, a incontinência urinária é ocasionada por problemas no períneo. Vocês sabem o que é o períneo? Eu só soube mesmo quando engravidei.
O períneo é uma região que fica bem na pelvis e existe em homens (do saco escrotal até o ânus) e mulheres (da vulva até o ânus). O períneo se sensibiliza muito na gravidez porque, estando abaixo do útero, suporta seu peso durante a gravidez. Pela lógica, bebês muito pesados comprometem muito o períneo. Então, uma lenda caiu: a de que só tem problemas de períneo quem faz parto normal. Nada disso! Os bebês enormes, acima de 4kg prejudicam enormemente a região perineal e futuramente poderão causar problemas naquela região.
Atividades físicas em excesso, peso em excesso, muito tempo em pé carregando peso, tudo, tudo exige muito do períneo! E podem causar a dita incontinência. Algumas mulheres já me disseram terem tido mais de uma gravidez com bebês acima de 4kg e culparam o parto normal pela incontinência...Acreditamos no que queremos, afinal, não é mesmo?
Pois bem, imaginem alguma mulher que não faça atividades físicas com frequência, engravide, engorde mais de 15kg, e o bebê ainda nasça com 4kg ou mais...Se o períneo dela aguentar, ele é um super períneo! Rs. Não precisa nem tudo o que eu listei acontecer para o períneo já ficar bem prejudicado...
Mas, enfim, o bode expiatório é o parto normal...
A episiotomia - corte cirúrgico da região que fica entre a vagina e ânus, realizado durante o trabalho de parto, teve sua justificativa na prevenção de danos ao períneo e futura incontinência urinária...O pior é que estudos mais atuais já mostraram que a episio não consegue ser preventiva...Mas, tem muito médico que saiu da faculdade há pelo menos 10 anos e não se atualiza de jeito nenhum e continua defendendo a episio...
O fato é que muitas mulheres nunca voltaram ao normal após a episiotomia...Cortes enormes e profundos, que causam desconforto para o resto da vida são realidade...difícil de engolir, mas real...
O que os médicos voltados para o respeito à mulher e ao parto tem decidido é a condução do trabalho de parto conforme o próprio corpo da mulher. Nada daquele absurdo de "empurra, empurra!!".
Pelo ritmo do corpo as eventuais lesões são muito menores, pois não há força excessiva, não há agressão ao corpo com cortes indevidos. No meu caso, o médico pediu pra fazer força 2 vezes e mandou parar porque a Manuela já nasceria só com a força da contração. E ele só me mandou fazer força porque as contrações tinham ficado muito fracas naquele momento (por causa da analgesia).
Eu sofri uma pequena laceração, corte superficial causado pela passagem da Manuela. O médico deu um pontinho e eu não senti nada, nem um dia, até hoje!
Enfim, eu estava no terceiro obstetra, ia ficar muito frustrada se não conseguisse o ritual e o respeito que eu esperava para o meu parto. E eu consegui encontrar um profissional humanizado, só assim pra parir, minha gente! Rs.
Como eu já havia perguntado a algumas pessoas que haviam tido filhos de parto normal (o que é bem difícil hoje em dia!) se tudo voltava ao normal, afinal, eu esperava estar super bem após o parto e foi o que aconteceu. Nas primeiras semanas sentia o local do ponto sem elasticidade, não incomodava nada, e, ao fim da quarentena aquela sensação já havia desaparecido.
Continuarei o tema na próxima postagem, esse texto já está enorme e ainda tem mais pra contar!
beijos
Gilda

Aff...Por essa...

Ontem, num fim de tarde cinza, feio e de uma chuva odiosa, fomos ao pediatra da Manuela. Já na sala de espera, vi que minha bebê não é mais uma bebê. Ficou sentada no colo do pai, olhando todas as outras crianças e pessoas e rindo pras nossas brincadeiras. Rs.
Na consulta, Manuela já interagiu com o pediatra e não gostou nada de ser virada de lado, remexida, aquela lanterninha nos olhos...Chorou!
Ela está medindo 62cm, e 6kg exatos. O chato é que ela só ganhou 600 gramas nesse mês. O médico me perguntou se eu estava tomando remédio, antes mesmo de me dizer o peso dela. Ele disse que Manuela não estava gostando do meu uso da pílula, que não existe pílula ideal durante a amamentação e que ela não alcançou nem a média do mês, que é de 900gramas... Como ela tinha crédito, ela continua bonita, saudável, mas, a pílula tem que ser descartada...
Eu fiquei chateada porque eu havia comentado com Antonio que Manuela brincava muito no peito ao invés de mamar a sério, nesse último mês. Pois é, ela reclamou da pílula no meu leite...
A dimensão do tanto que eu fiquei chateada é porque nesse período a gente não sabe se ovula, se menstrua, porque é tudo bem louco! E eu quero amamentar o máximo possível! É uma situação complexa para administrar por um ano, pelo menos...
Mas, é isso aí! Tirada a pílula, vou consultar meu obstetra ainda esse mês, mas, pela Manuela nada de pílula.
Esse equilibrio entre a volta à rotina pós parto e a amamentação é um assunto delicado demais...Eu penso que nós trabalhamos, cuidamos das nossas vidas e não temos mais tantos filhos como nossas avós e, mesmo em alguns casos, como nossos pais. Isso cria tantas dificuldades! Primeiro que o médico diz para não comer comida crua e logo pensamos que não podemos abrir mão do sushi...Começa nessas coisinhas e avança para tudo o que diz respeito à gravidez, parto, filho.
Outro dia uma mulher me disse que uma amiga dela nunca cumpria os dias de quarentena e após duas cesáreas já havia feito 14 cirurgias para cuidar de aderências...Não dá pra dirigir, fazer tudo, mesmo após um parto normal que eu me sentia melhor do que nunca, porque não estava mais carregando aquela barrigona! Rs.
E os médicos cedem a tudo...Alguns resistem em alguns aspectos...O primeiro pediatra em que levei Manuela, mais novo, perguntou da amamentação, eu disse que estava tranquilo, e que queria amamentar por um ano, no mínimo. Ele riu e disse um "É, vamos ver, né?". Porque ele está acostumado a ver todos os dias a maioria das mães chegarem lá já exaustas do processo de amamentação no primeiro mês do bebê...
Ainda na maternidade um pediatra falou bem assim pra mim: "Você já viu um bicho amamentando o filhote de outro animal? Normalmente não, né? É porque cada mãe tem que amamentar seu próprio filho".
E é por aí que a coisa deve ser pensada. O leite da vaca, da cabra não suprem as necessidades do bebê humano. E, estando a mãe no controle absoluto da vida do seu bebê, será que ela pode escolher oferecer menos ao filho? É o que de um certo modo é defendido pela encantadora de bebês...
Aquele pediatra que citei antes, me disse: "Só damos leite de vaca para casos de bebês cujas mães fizeram mamoplastia, são diabéticas e também, quando o bebê é prematuro ou nasceu com baixo peso. Fora isso, mãezinha, você deve dar leite ao seu filho".
Eu me pergunto se nós, envolvidas que estamos tanto com nossa liberdade, que nos leva a escolher um parto e não outro, uma forma de aleitamento e não outra, não estamos esquecendo da responsabilidade que há na maternidade? Há quem diga que eu sou uma conservadora. Mas, a mãe moderna, então, é aquela que faz todas suas opções pelo que lhe é conveniente ao invés de fazer escolhas mais convenientes para seu filho?
E eu resolvi escrever sobre isso porque a encantadora de bebês simplesmente adora mamadeira, não defende o aleitamento materno, e ainda insiste na dificuldade de saber se o bebê está mamando direito quando mama no peito, porque pela mamadeira dá pra saber exatamente a quantidade de leite ingerida pelo bebê...Ah, vacilo imperdoável dela...
Nos EUA houve uma campanha enorme nos anos 90 para que as mulheres voltassem a amamentar, porque o leite de vaca se popularizou e refletiu na saúde de uma geração de jovens americanos. E o melhor para o filho é o leite materno, não adianta justificar algo cujos prejuízos não refletem em nós, mas em outra pessoa, no filho.
O índice de cesárea nos EUA não ultrapassam 30%, sendo alvo de críticas inclusive, para que seja cada vez menor. Nos EUA como na Europa, a cesárea é escolha do médico, se impedido o parto normal. Aqui, os médicos celebram o fato de que eles não precisam ouvir uma mulher gritando para ter um filho, e demorando horas para isso. Eles preferem corta-la de ponta a ponta no baixo ventre, para treinar suas habilidades cirúrgicas. Inculcam nas mulheres a ideia de que o parto é uma coisa horripilante, tornaram a maioria absoluta das brasileiras umas defeituosas, porque eles sempre tem um motivo para fazer uma cesárea, e todo mundo acha que a dor pós cirurgia é melhor do que a dor do trabalho de parto normal...Vai entender!
Alguns fragmentos importantes:
"É atribuído ao aleitamento materno a prevenção de mais de 6 milhões de mortes em crianças com menos de 12 meses, anualmente."
"Está provado por estudos epidemiológicos que o leite materno protege a criança do risco de diarreias, sobretudo as crianças de baixo nível sócio-económico. Um estudo controle provou que as crianças não amamentadas tiveram um risco 3,3 vezes maior de desidratar na presença de diarreia, sugerindo, pois, que o leite materno tem influência não só na diminuição no número de episódios de diarreia, como também na sua gravidade."
"Estudos realizados em diferentes partes do mundo, com diferentes graus de desenvolvimento, sugerem haver por parte do leite materno uma maior protecção contra as infecções respiratórias. Tal protecção é mais significativa quando a amamentação é exclusiva e nos primeiros 6 meses, embora possa perdurar além deste período.
Está já feita uma associação entre aleitamento materno e menor número de episódios de otite média. "
"Provavelmente este facto deve-se à protecção do leite materno em si, que diminui a incidência e a gravidade das doenças."
"A alergia alimentar tem sido encontrada com menor frequência em crianças exclusivamente amamentadas. As dermatites atópicas podem ter o seu início retardado com a presença de uma alimentação natural."
"Apesar de não estar ainda bem estabelecida a relação directa entre o leite materno e certas doenças crónicas, começam a aparecer estudos na literatura sobre o papel do aleitamento materno na redução do risco de certas doenças auto-imunes, tais como a doença Celíaca, a doença de Crohn, a Colite ulcerativa, Diabetes mellitus e o Linfoma."
"O leite materno contém todos os nutrientes essenciais para o crescimento e o desenvolvimento da criança, além de ser de mais fácil digestão, quando comparado com todos os outros tipos de leite artificiais"
"Estudos efectuados demonstram haver vantagens significativas nas crianças amamentadas quanto ao seu desenvolvimento neurológico. No entanto, é difícil avaliar qual a contribuição de factores tais como a relação mãe - filho, características maternas e o ambiente familiar."
"Mais económico"
"Promove um maior vínculo afectivo entre mãe e filho. O acto de amamentar e de ser amamentado proporciona muito prazer quer para a mãe quer para a criança, o que favorece uma ligação afectiva muito forte entre elas. Trata-se de uma oportunidade ímpar de se criar uma intimidade, de troca de afecto, gerando sentimentos de segurança e de protecção na criança e de autoconfiança na mulher. " (forumdafamilia.com)
Eu achei realmente importante a orientação do governo federal para que a amamentação dure dois anos. Isso se harmoniza com a orientação da OMS. É, encantadora, não dá para sustentar o seu ponto de vista...
Algo a se refletir durante a gravidez já é o quanto nossas decisões atuais refletem em eventos futuros. E o bebê é um ser absolutamente dependente da mãe, é razoável que se espere desta todo o cuidado com a saúde de seu bebê. Até porque, mais tarde, as constantes doenças, pequenas ou não, levam a um desgaste enorme, afetando inclusive o casamento dos pais daquele bebê.
Minhas irmãs não foram amamentadas e passaram a primeira infância com problemas de saúde. Tiveram inúmeras crises de asma, infecção urinária, febres. Eu fui amamentada minimamente e não tive nada das doenças delas...Para todas as mães que eu pergunto sobre doenças e que amamentaram por no mínimo um ano, seus filhos NUNCA precisaram de hospital e o pediatra era só para a consulta mensal mesmo.
E, quando assistimos à mãe que está na prisão porque deixou sua filha alguns minutos no quarto e disso resultou em morte, será que não enxergamos o quanto pode nos custar ficar flexibilizando o que é importante para nossos filhos? O caso lembra o de Madeline, a pequena que estava em um quarto sozinha com os irmãos pequenos e desapareceu...Isso não é ser conservadora, isso não é ser moralista, isso é lembrar que ser mãe é uma responsabilidade enorme, que existe mesmo antes do bebê nascer. E não dá para não se responsabilizar diante de um filho...
É lembrar de Hannah Arendt que vê a nossa sociedade como a sociedade daqueles que nunca sao responsáveis por nada do que façam. É quase como se nossa liberdade na verdade fosse de mentira, porque só há responsabilidade onde há liberdade.
Na natureza, onde o instinto guia os animais sem uma esfera de liberdade plena, o homem pode ser diferenciado porque é livre, é responsável por todos os seus atos...Por certo, a liberdade de escolha impede finalmente que possamos dizer "eu não pude fazer isso ou aquilo", sem que a justificativa não seja inafastável.
E podemos ajudar mais nossos filhos - não somos como um pinguim que morre congelado para chocar o ovo de seu pinguinzinho, mas, podemos protegê-lo, torná-lo forte, permitir-lhe melhores condições físicas e emocionais. Como dizem nas maternidades: "Não é mesmo mãezinha?" Rs. É sim! Rs.
É encantadora, nessa você está absolutamente errada...
Beijos meio xoxos porque ainda estou triste pelo ganho de pouco peso da Manuela.
Gilda

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Minha Manuela!

Há 15 dias que nessa cidade só chove...Todos os dias...God!

E o frio? Um horror! Manuela tem que vestir um body de algodão e depois vestir roupas de inverno, de plush, por exemplo. Porque ela fica com irritação na pele...Poxa...

E não há noite sem aquecedor no quarto dela, para ela dormir quentinha.

Hoje ela tem pediatra. Consulta do mês. Tenho algumas coisas a perguntar, por exemplo, sobre o fato da Manuela não tirar mais as mãos da boca agora, e na útlima noite ela aprendeu a dormir chupando o dedão da mão. Foi um processo natural, mas eu preciso saber se não deve haver alguma intervenção nesse hábito dela.

Já ouvi que chupar o dedo pode deformá-lo...Eu confesso ter achado bem absurdo isso, porque não conheço ninguém que tenha o dedo deformado por ter chupado dedo...Enfim, vou confirmar com o pediatra. Também ouvi que isso pode modificar o céu da boca do bebê. Também vou perguntar, pra saber quando chupar o dedo se torna um problema.

O que eu li...Eu li que não há problema algum em chupar o dedo na primeira infância. Com o desenvolvimento do bebê ele esquecerá de chupar dedo. Afinal, tera mais o que fazer, correr, brincar! Rs.

Chupar dedo acalma e conforta o bebê. Desde ontem, Manuela nem chora para dormir de dia porque logo coloca o dedo na boca e adormece chupando seu dedinho.

De noite ela não chora, normalmente, por isso foi tão impactante que ela não tenha resistido ao sono ontem e hoje por estar confortável com seu dedinho na boca.

Li que o bebê gosta de chupar dedo quando não tem a mãe por perto para dar-lhe conforto. Pois se estou com Manuela no colo e quero fazê-la dormir, ela busca meu peito. Sem o peito, vai o dedo mesmo! Rs.

Eu li, também que não se deve interromper esse hábito até que seu filho esteja pronto para abandoná-lo. Porque a cada ano deve ir reduzindo o hábito e aos 4 anos o normal é que seu filho já tenha parado de chupar dedo.

Como o ato de chupar o dedo ou a chupeta promovem um isolamento emocional do bebê, ou seja, ele encontra conforto no dedo ou chupeta, se o hábito de chupar dedo ou chupeta persistir, o bebê pode estar inseguro, emocionalmente frágil. E como os pais ficam aliviados por terem uma criança "quieta", que fica chupando seu dedo ou chupeta sem dar trabalho, eles demoram a perceber que seus filhos são tímidos, inseguros e que sofrem sem o dedo ou chupeta na boca.

Esses são os aspectos emocionais, que são muito importantes, porque os bebês chupam dedo por causa do seu emocional - querem acalmar-se, e por outro lado, os pais dão chupeta por causa de seu emocional - querem bebês calminhos.

Mas, há também os aspectos físicos. Pois confome o bebê chupa o dedo pode ter problemas físicos. Quando? Li que os problemas surgem se a criança chupar dedo mesmo após o nascimento dos dentes permanentes. Os efeitos desagradáveis variam conforme o jetio que a criança chupa o dedo...tá? Rs.

Já li especialistas condenando inclusive a chupeta porque, mesmo não criando problemas na boca do bebê, ela estimula um hábito que leva a criança a isolar-se emocionalmente, ser tímida e insegura. O dedo é menos propenso a contaminação por fungos do que uma chupeta, por exemplo. E, li um artigo feito por uma escola para os pais que afirmava que estudos indicaram os mesmos problemas causados pelo dedo, só que causados pela chupeta.

E, fiquei feliz com o que li, que se a criança só chupa dedo para dormir não há porquê tentar acabar com tal hábito. Bom, vamos ver o que o pediatra da Manuela diz sobre isso. Eu volto aqui para contar. Rs

Beijos

Gilda



domingo, 26 de julho de 2009

Por falar em E.T....

Está frio e há dias só chovia nessa cidade...
Não há humor que resista à tanta provação...
Mas, para acalmar as minhas tias lá do Pará que querem saber se eu estou "empacotando" Manuela direito, afinal, está muito frio, eis aqui uma prova material! Rs. Estou sim, tias! Eheheh
Olhem só!

Ah, tem dias que você se acha um E.T....

Tem dia que a sensação de que as pessoas estão errando muito me incomoda profundamente...

Ontem, deixei Manuela com o pai e fui pra faculdade fazer a prova exigida pela "dita" professora de "formação docente"...Foi surreal! A professora estava sorrindo, como se tudo estivesse bem e disse ter esquecido minha prova e perguntou se eu poderia voltar no outro sábado...Vocês não imaginam o tamanho da minha indignação...Informei-a de que eu havia reclamado formalmente dela e ela me disse não entender o motivo, afinal "eu tinha q ter me comunicado com ela sobre avaliações"...E, eu, professora, envergonhada pelo que via outra professora fazer...

A prova redigida por ela foi muito abaixo da linha da mediocridade. Talvez, ela tivesse receio que eu não tivesse estudado tudo...Não sei se eu me irritava mais pela prova que eu realizava, numa perda de tempo insana ou pelo seminário dos alunos de pós em educação para crianças, que não conseguiam dizer uma única frase respeitando a língua portuguesa!!!!!!! Abaixo do aceitável, de uma superficialidade negligente, enfim, muito abaixo do que eu acho que deva esperar dos professores...

Eu pensei muito nessas insanidades que se manifestam em qualquer lugar, mas que parecem ser vistas e sentidas influenciadas por lentes de aumento na sala de aula...Cada vez mais gente que não sabe nem porque fala português ao invés de japonês; cada vez mais gente que não sabe ouvir um "não", que acha que o mundo existe para seus próprios interesses, uns mimados; um exército de alunos que não valorizam minimamente a educação, o conhecimento, que não tem em que ajudar socialmente; que serão futuros dependentes dos pais, ou parentes ou do governo...

No documentário da Farrah Fawcett sobre sua luta contra o câncer, ela fez uma pergunta...Por que alguns tipos de câncer são tão pouco estudados...Porque se estuda muito pouco, porque pra cada profissional existe um monte de gente inútil...Digo inútil porque não ajudam em nada a sociedade. Não ajudam a curar pessoas, não ajudam a construir moradias, limpar a água, ajudar a natureza, não ajudam a pensar, a educar...Nada! Ficam em casa às custa dos parentes, ordenando-lhes no que fazer para seu exigente conforto material e pensando nas baladas e em como protelar cada vez mais o dia em que terão que arranjar um emprego...

As pessoas continuam criando filhos inúteis...Mas, se antes trabalhar era um processo natural, agora, cada vez mais os filhos estão sendo criados para serem eternos..."filhos"...Como o filho da Farrah que ao invés de ter se tornado mais uma cabeça a pensar, está preso por envolvimento com drogas...Será que a Farrah achava que os filhos de outras tantas mães deveriam estar estudando a cura para o tipo de câncer que ela teve? Porque o filho dela não fazia nada da vida até ser preso...Ela poderia saber a resposta da pergunta feita, mas ela, como muitas pessoas, acham que só existem inúteis, rebeldes, marginais, ignorantes na casa dos outros...

E todos se encontram numa sala de aula...

Desculpem, sei que esse não é o propósito desse blog, mas, eu tenho uma filha. E minha avó foi a segunda médica de Belém do Pará, no início da história do ensino universitário no Brasil. Cinco dos seus oito filhos tem ensino universitário (2 morreram antes da idade para a faculdade). Daqueles oito filhos, meu pai não tinha o movimento do lado esquerdo do corpo, e por isso foi impedido de cursar medicina. Mas, tornou-se famacêutico bioquímico, tesoureiro de um hospital, chefe da farmácia de hospital, tinha uma distribuidora de remédios e era professor, coordenou a fundação EDUCAR em Belém. Meu pai jamais ensinou alguma coisa errada pra nós. Enquanto meu pai esteve vivo, ele deu o maior exemplo da minha vida. Ele era competente, inteligente e não suportava mediocridade. Por causa da educação que eu tive é que eu não admitiria não me educar, não me esforçar e dar passos pra trás de tudo o que ele realizou na vida.

Filhos existem pra continuar adiante após os pais. E esse é o maior valor que meu pai me deixou, porque ele não era medíocre, ele era muito bom em tudo o que fazia!
E o pai da Manuela é inteligente, é muito competente, é lúcido politicamente e é um exemplo a ser seguido, também. E é esse tipo de valor que minha filha terá, de amor, educação e independência. É nessa educação que eu confio.
Beijos
Gilda

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Bebês!

Olá a todos!

Depois da última postagem cheia de reclamações minhas, vamos ao que interessa, né? Rs.

Anteontem peguei um material da faculdade que usei ano passado e li para o Antonio. Tratava-se de um livro sobre desenvolvimento humano, que estudei ano passado na disciplina "biologia do desenvolvimento" e foi muito importante, tanto na minha gravidez como agora.

É interessante notar o desenvolvimento de um bebê. Primeiro Manuela mexia a cabeça, que cada vez ficou mais firme e agora ela a sustenta bem. O desenvolvimento do bebê é céfalo-caudal, ou seja, da cabeça para o rabo...Rs...Para os pés...Rs.

Depois os braços descontrolados começam a ficar mais controlados e o reflexo do bebê de abrir braços como se caísse começa a reduzir (é o relfexo de moro e na Manuela já reduziu muito!) e por fim o bebê começa a controlar as pernas, engatinha e, mais tarde, anda.

O desenvolvimento ocorre, também do centro para os extremos. O bebê começa movendo os braços, mas nao tem controle sobre mãos, depois já abre as mãos, pega coisas grandes e depois pega objetos bem pequeninos (aí exigem o cuidado para nao colocarem pilulas, por exemplo, na boca). O mesmo acontece em relação aos membros inferiores do bebê.

Algumas semanas atrás Manuela parou para olhar suas mãos. Tirou uma luva da mão e começou a rir. Rs. Ela concentrou-se em mexer na luva e retirá-la da mão. Já os pés ela descobriu recentemente. Ela fica no carrinho tentando aproximar os pés de suas mãos. Olha para os pés fixamente e até se aborrece porque ainda não consegue levá-los à boca - que é provavelmente uma meta futura! Rs.

Eu a deito de bruços na cama e ela já movimenta as pernas como no engatinhar, mas, inclina-se e acaba virando de costas. É uma graça, afinal, ela fica muito concentrada em observar o mundo por outro ângulo.

Vocês podem imaginar como está animado o banho no tummy tub. Rs. Manuela bate as mãos e na semana passada, ela forçava a cabeça pra baixo para poder olhar os pés na água! ahahahah. Antonio quase lutava com ela pra ver quem ganhava- se ele erguendo a cabecinha dela ou ela, abaixando a cabeça quase na água! ahahhah. Ela mexia os pés, para colocá-los na parede do tummy e poder observá-los. Muito, muito lindo de ver o ser humano realizando atos inteligentes sobre si próprio!

A rotina do sono está cada dia melhor! Manuela toma banho perto das 19h, no seu tummy, mama e o pai dela a deita no berço. Não há mais rotina de sentar com ela para fazê-la dormir. Ela fica deitada no berço até adormecer, o que demora em média um minuto. Rs. Se ela demora um pouco, o pai dela fica ao lado do berço com ela. Mas, nunca demora nem 10 minutos. Eu a acordo às 22:45, às vezes até mais tarde, lá por 23h. Ela nem abre o olho, mama silenciosamente. Volta ao berço e dorme até que o relógio dela toque às 4:50h! Todo dia é isso! Rs. Ela mama e volta a dormir e me acorda "falando" às 7h da manhã. Rs.

Até semana passada, Antonio acordava quase toda madrugada, lá pelas 3h da manhã, porque Manuela se incomodava com gases. Ele levantava, fazia massagem e a ninava um pouco. Agora, nem os gases a tem incomodado. Bom!

Ela passou por transição no tamanho da fralda...de P para M. É complicado, porque a fralda P dizia que ia até o peso de 6 kg. Mas, quando Manuela chegou aos 5kg já começou a vazar com frequência a fralda. Trocamos para o tamanho maior e não vazou mais.

Manuela ganhou um body da minha amiga Andréa, tanho RN, que até hoje veste perfeitamente na Manuela. Mas, é do Canadá! Rs. Todo body que comprei na baby dreams tamanho RN vestiu na Manuela mesmo depois que ela já usava tamanho P. Foram ótimos! A transição de roupas e fraldas é chata. Ultimamente nenhum body tamanho P está vestindo bem na Manuela. Já comecei a introduzir as roupas tamanho M. Eu pefiro mesmo duas peças, porque normalmente as calças são grandes e são usadas muito tempo. Manuela ganhou um vestido composto com uma calça de inverno. O vestido logo não abotoava, mas a calça continua bem folgada. Definitivamente não vale a pena comprar muita roupinha porque elas perdem a utilidade muito rapidamente!

Ah! adorei a fralda da turma da mônica soft touch, muito gostosa e nunca vazou. A da pampers que Manuela usa agora também é ótima, estica nas laterais e não lembro de ter vazado. É a da centopéia flex.

Agora, não importa a marca, se você usar o modelo básico, é bem inferior!

Bom, Uma foto da boneca e os pés que ela tanto observa! Rs
Beijos!
Gilda

quinta-feira, 23 de julho de 2009

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Aff...Os aborrecimentos...

Eu vou contar pra vocês...Meu ouvido anda doendo de tanta besteira por aí, nem meus olhos gostam de ler tanta estupidez como tem sido escrita por aí...Argh!



Primeiro que ouvi esses dias que o parto mais seguro é a cesárea...Gente, nesse espaço eu exponho minha opinião, há quem não concorde, oba! o mundo é plural, mas tem coisas que são cientificamente comprovadas e o que me doeu é que não era uma simples opinião, mas sim o resultado de uma pesquisa para a faculdade...Enfim, não é todo mundo que sabe fazer pesquisa nesse país.



Acho que o parto não torna uma mulher melhor ou pior mãe. Não é isso. Jamais eu diria isso, afinal, minha mãe fez parto normal e cesárea. E é a mesma pessoa. Mas, não precisa muito esforço para se saber que o parto normal é o parto mais seguro, primeiramente por ser natural e realiza uma série de benefícios à mãe e ao filho, que a cesárea não pode realizar.



CLARO que no Brasil os médicos não gostam de dispor de tempo para um parto normal e não se assumem uns cesaristas! Os médicos fingem que aceitam o parto normal e as grávidas fingem que concordam com os motivos mais mentirosos deles para se submenterem a uma cesárea. Todo mundo compra a ideia falsa de que a cesárea era necessária, "no seu caso"...



Aí, chego ao critério científico da pesquisa: foi uma análise prática ou teórica? sim, porque são perspectivas absolutamente distintas e afetam os resultados da pesquisa, porque no Brasil pretender um parto normal em meio a médicos que Não sabem fazer partos normais, é um desafio! Se o objeto fosse esse...Enfim, a educação nesse país é o que mais me deprime! Todo mundo passa em qualquer faculdade, todo mundo é aprovado (a não ser que a pessoa se esforce muito para reprovar!) e todo mundo se forma nesse país de falsos títulos...



Nos países desenvolvidos é parto normal e ponto final, com mil técnicas que valorizam a mulher, respeitam seu parto e elas podem contar da beleza de ter um filho naturalmente. Porque é belo, sim! Não se compara a uma cirurgia, em que com sorte, a mulher consegue um médico que não fique conversando sobre o último jogo de futebol do seu time...



A cesárea é indicação médica, mas no Brasil criou-se o mito dela ser uma "escolha"...



Mas, enfim, pra encerrar o assunto, uma pesquisa que se pretenda acima da mediocridade teria que delimitar sua pesquisa. É mais seguro onde? só no Brasil ou é um afirmação universal? Sim, porque em qualquer hipótese dever-se-ia consultar a OMS para saber o que a medicina mundial entende como parto mais seguro...Ih, adivinhem? É óbvio que o parto normal é o recomendado pela OMS e o índice de cesáreas deveria estar restrito a números bem baixos, porém, cesárea virou uma conveniência para os médicos...e isso é uma atitude combatida pela OMS.



Abaixo alguns links que demonstram algumas posições da OMS sobre parto e aleitamento materno.

http://www.onorte.com.br/noticias/?38203
http://www.who.int/child_adolescent_health/topics/prevention_care/child/nutrition/breastfeeding/en/index.html
http://www.who.int/reproductivehealth/publications/maternal_perinatal_health/rhr_09_05/en/index.html

Cada um faz sempre o que quiser de sua vida, mas não dá pra dizer que pra ter filho agora o melhor é abrir a mulher semanas antes do bebê estar pronto para nascer...Ah, não dá pra engolir isso, né?
Quanto aos olhos...É, pedi licença maternidade na PUC, porque o coordenador me informou que havia esse direito para as alunas. Pois a faculdade enviou email aos professores informando da minha licença e das respectivas datas. Claro que eu, antes da licença sair, já havia avisado aos professores. Mas, é impressionante!!!!!! Só uma professora afirmou ter lido o dito email e disse que só me avalia semestre que vem (a matéria é anual), os demais não leram e também não fizeram nada, mas duas professorAs, é...Duas mulheres acharam que eu estava agindo de má-fé, que não havia pedido licença e uma me reprovou direto por faltas. Encheu meu "boletim" de faltas e a outra me deu um ultimato por email: ou entrego todos os resumos juntos e faço a prova no dia 25/07 ou reprovo. Simples assim! Isso sem contar que a professora ainda comentou no email "que eu tive o tempo da minha licença pra fazer as avaliações dela..." tá?????
Mas, no fundo eu sabia...Os homens tendem a omitir-se desse tipo de discussão, e as mulheres adoram, mas a palavra correta é essa: adoram rivalizar, humilhar, dar uma de moralistas sobre as alunas, principalmente.
O problema delas é que eu pedi tudo formalmente, já expus a situação ao coordenador e à secretária do decanato do centro de humanas. Aff! Exigir um direito é tão desgastante nesse país...Niguém gosta de reconhecer o direito do outro, mas adora exagerar no seu pequeno exercício de poder - no caso o das professras de me reprovarem...ô mentalidade de gente pequena, viu? Nunca vi!!! Podem colar quantos doutorados ou pós doutorados na testa que não terão um pouco mais de responsabilidade profissional. Afinal, entreguei cópia do email que a secretaria do curso enviou a todos meus professores. Não leram, vão se aborrecer! Sinceramente, depois dessa, a vontade é trancar a faculdade e voltar quando estiver menos chateada com essa academia hipócrita em que eu tenho que imprimir os emails enviados aos professores para que eles façam um julgamento correto sobre mim, pois não se informam de seus deveres e castigam os alunos como se estivessemos todos tancados em um mosteiro, sob a ameaça constante de punição por exercermos a liberdade. Simples assim. E como se minha gravidez fosse mais negativa do que positiva, trouxesse mais problemas do que alegrias...Argh! São situações assim que me deixam profundamente envergonhadas por nós, MULHERES...
Eu e minha bebê!

ai, saudades daqui!

Olá a todos!

Como mencionei em outra postagem, estou com dificuldades para me conectar à internet, por isso fiquei ausente esse mês de julho. Além de alguns probleminhas que comentarei por aqui.

Primeiro, nossa viagem à São Paulo!

Foi ótima! No aeroporto carreguei Manuela o tempo todo no sling. Ela não se irritou, nem com a demora - Ficamos horas no aeroporto. Já no avião, eu fiquei tensa com medo do ouvidinho da Manuela doer, então, coloquei-a no peito logo, mas o avião demorou a decolar...Fiquei tensa, mas Manuela mamou e adormeceu no meu peito e assim ficou a viagem toda - que dura 45 minutos. No pouso, ela continuava no peito e não reclamou nada.

Durante os poucos dias que ficamos em São Paulo, carregamos Manuela pelo sling o tempo todo em todos os lugares. Na segunda feira, fiquei a manhã toda com Manuela no hotel, deitadas, brincando e descansando, porque eu merecia! Rs.

Levamos uma banheirinha inflável na mala e foi excelente! Linda, com um confortável encosto e Manuela não reclamou nela. Rs.

O berço que nos disponibilizaram no hotel não ajudou muito, porque era muito baixo e eu não alcançava o colchão, então, exceto a primeira noite, Manuela dormiu conosco na cama. Rs.

Quando Manuela chegou em São Paulo fez uma pegadinha conosco. Rs. Chegamos no restaurante para almoçar com amigos nossos e Manuela fez cocô. Levei-a ao trocador. Lá havia um trocador fixo na parede. Deitei-a com as pernas viradas para mim, e comecei a trocá-la. Um super cocô, daqueles que alcançam o meio das costas, sabem? Rs. Quando estou limpando a Manuela, ela faz xixi...Só que o trocador tinha inclinação e o xixi começou a correr pelas costas da Manuela até os cabelos!!!! eu a tirei do trocador rapidamente e ela continuou a fazer xixi e alagou o chão! Rs. Eu não sabia se ria, se chorava, peguei o celular e liguei pro Antonio que estava na mesa com nossos amigos. Ríamos no trocador e praticamente demos banho na Manuela! Rs.

No meio do almoço, ela fez outro cocô...Gente, nunca tinha visto isso! ahahah. Mas, ela mamou o tempo todo no avião, o que eu queria, afinal? Rs. Foi a única pegadinha dela na viagem, que foi muito legal com ela! É isso aí! Para onde formos, Manuela vai junto! Rs.
Beijos!
Gilda

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Fui pra São Paulo

"Desde que eu nasci meu pai já fez várias viagens a trabalho. Dessa vez fomos juntos, todos nós. Minha mãe me carregou no sling o tempo todo no aeroporto, que fechou, cancelaram nosso vôo e só chegamos em São Paulo depois do almoço...Eu nem reclamei muito, dormi no sling um tempão, mamei e brinquei com meus pais. No avião...mamei a viagem toda, gente! Foi o máximo! Rs."
"A segunda foto está fora de foco, culpa do fotógrafo, mas eu nem liguei porque dormia muuito! Rs. Na primeira foto, estou dando um descanso pra minha mãe no colo do meu pai. E na terceira foto, enquanto minha mãe se acomodava pra ficar comigo no colo, fizemos a foto. Viram como eu estava bem tranquila? Rs"
Beijos!
Manuela

Agora!

Desculpem a demora em atualizar aqui...Dificuldades técnicas de toda ordem...Rs...Nem cabo de câmera se acha aqui em casa...Rs.
Agora, sim! Mudei a postagem porque essa é a foto do primeiro bazar que em que a Manuela acompanhou a mãe dela! Rs.
Viu, tia Carol? Eheheeheh

quinta-feira, 2 de julho de 2009

quarta-feira, 1 de julho de 2009

cada dia é diferente...

Ai...Eis aqui uma mãe cansada...Rs.
É muita aventura! Rs!
Semana passada, todo dia a Manuela se comportava de um jeito diferente...Às vezes, muito bom, noutras vezes, com muita resistência a dormir. Na verdade, o desafio com a Manuela é a resistência dela a dormir de dia. Rs.
Ela se entorta toda, quer olhar tudo, do teto à parede, ao chão. Se irrita se fica parada, e quando sente sono reclama, chora...A encantadora de bebês fala dos bebês sensíveis ou irritáveis que normalmente resistem ao sono.
Pois na sexta feira Manuela resistiu o dia inteirinho ao sono...E o pai dela havia viajado a trabalho e eu estava sozinha...Céus! Rs. Eu levei em média meia hora para fazê-la dormir, a cada vez que ela tinha que dormir. E à noite, ela levou mais tempo ainda!
Mas, depois que adormeceu, tudo ficou bem, ela só foi acordada para mamar às 23h e dormiu direto até 4h da manhã, o que tem sido seu comportamento frequente. Depois adormeceu e só acordou às 7:15h.
Na segunda feira, o oposto...Rs. Manuela mamava e adormecia profundamente no meu seio. Dormia por uma hora e meia e depois acordava super bem. E isso se repetiu o dia inteirinho. Rs.
E eu fiquei cansada no fim de semana, porque fiquei fazendo umas leituras para a faculdade, ao mesmo tempo em que Manuela reivindicou atenção o tempo todo! É bem difícil, se não tiver o pai dela pra ficar com ela no fim da tarde, quando já começo a ler.
O mais importante é que Manuela durma bem durante o dia, porque assim ela dorme muito bem à noite, também. Quando ela não dorme o suficiente de dia, desperta de madrugada, irritada. Como eu insisto para ela dormir bem de dia, ela quase não reclama de madrugada. Nunca ficamos uma noite sem dormir com a Manuela, nunca ficamos uma madrugada em claro. Desde os primeiros dias de Manuela, criamos nela o hábito de dormir e não ter atividade alguma de madrugada. Isso fez a diferença.
Noite passada, ela mamou muito bem às 23h e só acordou para mamar às 5:40h da manhã!! Ai, ficamos tão felizes!! Ahhahahahah.
Hoje, outro dia cansativo...Estou com a coluna doendo muito, afinal, há meses não faço atividade física alguma e ainda passo o dia com a Manuela nos braços, só aliviando quando uso o sling. E Manuela não quis ficar só, quis atenção o dia inteirinho. E o pai dela está com uma gripe forte, dor de cabeça, corpo mole, nem foi trabalhar...Bem, ela adormeceu sem muita dificuldade e agora estou conseguindo atualizar esse blog. Mas, foi um dia difícil, ainda mais com o clima horrível dessa cidade...Hoje tudo amanheceu mais frio..8 graus, e choveu no fim da tarde...Aff!!
Ai, quase não consigo deixar mensagem de parabéns na segunda para a Pri, esqueci do aniversário da tia denise, tudo porque nas folgas do fim de semana tive que dar conta de algumas leituras. É, ter filho e ainda pretender cursar a faculdade não é das tarefas mais fáceis...Mas, quando o pai da Manuela não está viajando, ele me ajuda muito! Mas, de vez em quando tem uma viagem para ele e aí, eu fico fragilizada sem a ajuda dele...
Bem, é isso aí. Semana que vem, ele viajará e nós vamos com ele! Eu e Manuela.
Beijos!
Gilda