segunda-feira, 25 de junho de 2012

Já ouviram falar de loucura moral?

Recentemente, assistia a um programa de tv, e uma atriz fazia uma linda encenação, tocante, de uma mãe que conversava com o psiquiatra do filho, que lhe informava que nada podia ser feito para mudar seu filho, por ter personalidade psicopática...
O monstro da Austria, recordam? Aquele que sequestrou a propria filha e violentou-a por anos, foi condenado a prisão perpétua, porém ficará em um manicômio...Ele é chamado mundialmente como monstro, porém, para especialistas, ele seria, em verdade, uma pessoa com personalidade psicopática.
Ah, há certos temas que expõem muitas dúvidas, e esse é um deles...
Além da complexidade do diagnóstico, há a não aceitação do paciente e a  negação da família...Dói em todos...Na maioria absoluta dos casos, a família sofre silenciosamente por temer questões mentais nos filhos, mas, nega-se a investigar, a descobrir, a vivenciar aquilo...
Eu já converso com psicólogos desde o ano passado, para compreender minha pequena filha, ter sempre uma dimensão real de como ela vivencia a escola, nossa casa, como se relaciona com as pessoas e reage a tudo o que lhe acontece. E digo que tem sido uma experiência incrível! Minha filha começou a vida escolar bem na idade em que sua personalidade e seus valores estavam em formação, e ela tinha muitos momentos de irritação, ansiedade...
Eu não ia esperar ela ter 16 anos para reclamar que "os adolescentes são todos rebeldes..." Corri atrás de compreender mais sobre a minha filha. E hoje tenho uma dimensão de suas potencialidades, sei que ela já está passando pela sua formação de personalidade de uma forma equilibrada, que sua ansiedade é para fazer mais, criar mais, ir além. A psicóloga recomendou que eu acompanhasse de perto essa questão na escola, porque um professor de má vontade poderia desestimular Manuela ao invés de explorar toda sua criatividade.
Esse ano tem sido excelente, está muito segura, é a líder na sua sala de aula, ainda tão pequena. A professora conversa muito comigo e desde o início percebeu que Manuela faria mais e por isso Manuela é sua ajudante...Ela memorizou a agenda dos colegas e ajuda a professora a organiza-las. Ajuda os colegas nas atividades em sala, sua fala é correta, naturalmente não apresenta vícios de linguagem, é muito criativa e respeitosa com todos em sala. Tudo para a mamãe aqui se encher de orgulho! Rs.
E nós a elogiamos e estimulamos sua criatividade, conversamos e Manuela se magoa se brigamos com ela,  porque ela diz que basta falar com ela está tudo bem. Ela sempre foi assim, em casa e na escola.
A primeira psicóloga não deu sequencia às nossas conversas, porque estava sobrecarregada com o doutorado, então conversava com meu psicólogo e busquei outra psicóloga para poder conversar sobre Manuela. Porque ela apresentava desafios a mim, pelo simples fato de ser muito articulada já tão pequena. Gosto da idéia de aprender sobre as fases da minha filha e aprender a lidar com minha pequena, que à medida que cresce, muda, se adapta à escola, à vida e eu não quero prejudica-la, nao compreendê-la.
Os psicólogos com quem conversei estabelecem toda a conversa sobre o comportamento do filho em sua relação com a mãe, primeiramente, e em seguida com o pai.
Mas, eu consulto psicólogos para conhecer melhor a minha filha e conviver bem com ela, agora pequenina, depois adolescente e adulta. Agora...sentir-se constrangido a ir a um especialista porque se desconfia de alguma questão mental no filho é muito, muito difícil...
E se você se referir as questões mentais, isso é algo extremamente importante, quando você pensa que há algum grau de consenso entre especialistas de que as questões mentais não ocorrem unicamente por predisposições biológicas, mas associam-se à primária relação com sua mãe e em seguida ao seu pai...
Há crianças que já tem a predisposição genética e ainda não vivenciam laços emocionais com os pais, ou mesmo sofrem abusos emocionais ou físicos, separação dos pais, muitos conflitos, traumas...É difícil dizer que uma pessoa "nasce" com a personalidade psicopática, ela associa aqueles fatores...
É dificil lidar com questões que envolvem a família...É extremamente relevante a fala e, também, o exemplo maternos. Há mãe que são algozes de seus próprios filhos: "minha filha, você é gorda e feia, como vai casar assim?", "ah, minha filha, não adianta, não aprende fácil nada"...E por aí vai...
E o exemplo de familia que temos é o primeiro e, por muitos anos, a única visão de mundo que carregamos...E aí, a filha vê a mãe acordar primeiro que todos, trabalhar o dia inteiro, receber ordens sorridentes do marido o tempo todo, ser a ultima a dormir, e não reclamar...Ou vê a mãe mergulhada na vida dentro de casa, o marido olhar para qualquer mulher que passe na sua frente, ser indiscreto e até desrespeitoso com a mulher, perceber que a mãe vive para segurar o casamento e que há sempre um temor silencioso do marido resolver trocá-la...Ou, que apanha do marido...Ou que vive às brigas com o marido, que nem liga para os filhos...Ou aguenta um marido alcóolatra...
É essa mesma mãe que pode dizer à filha que não se submeta a uma relação ruim, que se valorize, se respeite...Ou, ensinar a filha a engolir todos os desaforos dos namorados e do marido...Como negar a importância disso?
E como negar a importância de quando a criança não recebe afetividade da mãe ou pai? Recebe mais valores de parentes do que de sua própria mãe. Avós e tios não substituem pai e mãe...
Então, muitas questões psicológicas ficam silentes, não comentadas por ninguem, negadas ao extremo...E tanta gente questionou a esposa do monstro da Austria, que deveria ter desconfiado dele...Mas, a negação é um impulso tão forte dentro da família...
Nega-se, varre-se para baixo do tapete, não se discute...
Inclusive, a nomenclatura influi nisso...Quantas pessoas você conhece que já disseram "eu sou psicomaniacodepressivo"? Eu, nenhuma. Mas, quando a nomenclatura passou para "bipolar", muitas pessoas sentiram-se em condições de confirmá-la publicamente...As questões psicológicas deixaram de ser "problemas mentais", ou "loucuras", ainda que a personalidade psciopática ainda seja chamada de "loucura moral"...
Então, preconceitos se encerram pela mudança na palavra, também, percebem? Muitas famílias ganharam com isso. Tiveram melhores relacionamentos, puderam conversar mais. Mas, para muitas questões psicológicas, ainda há muito preconceito...Quem quer dizer para a familia que "um psicólogo" disse que ele é um psicopata? Quais familias estão preparadas para conviver com essa verdade? Isso exije muito emocionalmente da família e muito tempo em terapia, e muita gente continua achando que para todos os outros é necessária a terapia, mas para sua família super legal, super perfeita, não! ................
Eu e meu marido falávamos disso esses dias...Tem mãe que passa a vida exaltando em tintas berrantes as virtudes dos filhos, numa construção fantasiosa...Ela quer muito que tudo o que ela repita para si e para os outros seja verdade...Que seu filho é muito legal, apesar dele ser desrespeitoso dentro e fora de casa, com a mãe e com sua namorada, mentir muito...Que sua filha é melhor que as outras, apesar dela ser preguiçosa, não estudar, e não conseguir nem escolher namorados decentes...Que seu filho é ótimo aluno, filho, que come tudo quando, em verdade, ele só come porcaria...E a insistente negativa em enxergar os defeitos...
É...Nós mães definitivamente não temos tanto mérito como pregamos pelas virtudes dos filhos, e temos mais participação/omissão nos defeitos deles do que conseguimos reconhecer...
E muitas vezes não compreender ou se incomodar com as ações ou emoções dos filhos deveria ser suficiente para a mãe procurar um psicólogo. Mas, não, ela prefere dizer: "ah, a adolescência é terrível mesmo...", "ah, meu filho é muito difícil..."
E difícil é muito diferente de bipolar, de psciopata, esquizofrênico...É muito legítimo sentir medo, insegurança, e até envergonhar-se de ter preconceito com essas "doenças"...Como reconhecer o filho real quando nós passamos a vida a correr atrás do que idealizamos a respeito de vida, amor, trabalho, dinheiro, família... O ideal de filho perfeito, o ideal de beleza antes mesmo do bebê nascer, o ideal de envelhecer juntos, de fazer bodas e mais bodas de casamento...
A cada linha que escrevo sobre o que idealizamos, mais difícil fica tratar do tema dessa postagem...
Bem, a personalidade psicopática impede alguém de sentir afeto, de amar, de nutrir sentimentos...Apesar de conviver com as pessoas, ser capaz de tratá-las até bem, mas, falta-lhes verdade, há muita teatralidade...As pessoas de personalidade psicopática não distinguem bem e mal em seu agir, o que lhes permite mentir, manipular, vingar-se de formas agressivas, extremas até..Nem pai ou mãe escapa a isso, pois as pessoas de personalidade psicopática valem-se das relações de parentesco para conseguirem objetivos estritamente egoísticos. Remorso e culpa são raros nessas pessoas...
Já há estudos de neuropsiquiatria que explicam o psicopata como uma pessoa cujo cérebro reage de forma singular, com intensa ativação de áreas que são relacionadas ao desprezo e vingança...E todo um comprometimento com as conexões emocionais. E tem intensa irritablidade, agressividade, e não aceitam frustrações. Apesar de toda racionalidade com que agem, sem sentimentos maiores, eles mentem muito, fantasiam, porque isso os auxilia a serem cada vez melhores manipuladores...
Os sintomas da personalidade psicopática já estão presentes na infância, e é importante que os pais observem sempre os filhos que manipulam, mentem, não demonstram remorso pelo que causam, são introvertidos, irritados, parecem não conseguir ter sentimentos prolongados por nada nem ninguém, e quando contrariados, explodem ou tramam vinganças...E não adianta ler um dos adjetivos daqui e dizer: "ufa, minha filha não é psicopata porque ela é bem extrovertida!"...E se há motivos para desconfiar seriamente, a extroversão pode ser puramente teatral...
Já li que para cada 25 pessoas, 1 exibe traços de psciopatia...É muito, não é mesmo? Melhor nos conhecermos mais, não é mesmo?
Essa postagem continua...
Beijos
Gilda







segunda-feira, 4 de junho de 2012

Tchau DIU!

Olá! No dia 13 de abril eu me despedi do meu DIU. Foram 3 anos em sua companhia. Ele foi a opção para mim, que não queria engravidar e também não queria mais tomar pílula. Nesses anos com o DIU, ele não mudou de lugar, permaneceu muito bem localizado, onde meu obstetra o havia deixado. Bom! Ele aumentou meu fluxo menstrual, e com isso minha tpm e cólicas. Rs. Mas, valeu a pena sempre!nada de esquecer de tomar a pílula, nada de susto. Mas, sabíamos que o tempo do DIU seria de 3 anos, mais ou menos, para programarmos o irmaozinho da Manuela. Então, assim como eu coloquei o DIU no consultório do meu medico, eu o retirei lá, assim, fácil, simples, em 5-10 minutinhos. Aproveitei que no primeiro semestre é sempre tempo de fazer exames e visitar meu ginecologista e fiz tudo: exames de rotina e exames para verificar como estava meu útero. Levei tudo ao medico e tirei o DIU. esta tudo em ordem, mamografia, útero, exames clinicos bons, já sai do consultório com sinal verde para começar a tentar engravidar. bom, meu medico não marca nova consulta, dá tchau e espera que voltemos em algum mês lá adiante já grávidos, rs. Vamos ver! A minha primeira gravidez foi uma surpresa, não programada, e aconteceu num vacilo único. Então, o marido desde então, repete que dessa vez será bem rápido, também! Confesso que agora estou mais atenta, alerta, porque a primeira gravidez descobri com 5 semanas...rs...não quero o mesmo atraso dessa vez! Há 15 dias fiz um teste de farmácia, mas sabia que não poderia estar gravida, porque não Havia nem entrado no meu período fértil! Rs. Eu me empolguei, confesso. É que, diferentemente da pílula, o DIU não exige tempo para o corpo se reorganizar. Tirou, você pode engravidar no mesmo dia. Eficiente, não é mesmo? Rs. Pois é...estamos tentando mais usm filho! O ano tem sido excepcionalmente bom, há tempos conversamos com Manuela sobre um irmão. Estamos onde queremos estar, juntos como gostaríamos de estar, vamos tentar aumentar a família! São ciclos novos, de companheirismo, aperfeiçoamentos, cumplicidades, união,e mais, muito mais! O tempo nos abre os olhos para o que queremos, para o que nos traz paz, para atrairmos o que nos faz bem e afastarmos o que nos é maligno. E assim é a vida, uma bela colheita de tudo o que plantamos, de amor, união e alegrias! Mudamos de casa, estamos num lugar melhor, lindo! Já comecei a tomar o folin antes mesmo de tirar o DIU. Rs. Mal intencionada, né? Rs. Eu solicitei ao meu medico os exames clinicos para acompanhar como estou, e se está tudo bem para engravidar. Fiz exames completos de sangue, ultrassom transvaginal, mamografia e ultrassonografia mamaria. Tudo esta normal. No útero, estou com um cisto. O medico que fez minha ultra já havia me dito isso, mas disse também que não tinha problema nenhum! Trata-se de um cisto de naboh, um cisto inócuo, meio normal de um acumulo de secreção, que meu medico disse que podia retirar imediatamente no consultório, mas que normalmente o cisto voltava. E que não há tratamento ou riscos. Deixei ele lá mesmo. Pronto! Colecionei o "boa sorte" de todos os médicos e agora é tentar e esperar. Rs. Mas, digo logo, não sou nem um pouco preocupada com o "quando". Rs. Isso não cabe a mim definir, cabe? Não. Eu vou só dar uma ajudinha à natureza. Rs. E vamos que vamos, porque o ano está lindo, apesar da chuva toda que resolveu cair nos últimos dias em Curitiba...rs E, como digo, os tempos tem sido de colheita, e tenho certeza que terei outra gravidez abençoada! É muita energia boa, otimista e feliz para atrair boas sementinhas. Rs. Beijos!!! Gilda