quinta-feira, 13 de outubro de 2011

E os filhos...

Bom dia!

Contiuando a prosa, a psicologia e de forma específica a parapsicologia, a neurociência advertem para o REGISTRO das EXPERIÊNCIAS sobre nosso corpo. Recordo-me de entrevista com um médico que ganhou o nobel por seus estudos sobre MEMÓRIA, e a assertiva de que nossas experiências modificam nossas conexões neurológicas. Assim, a experiência da droga também operaria esse registro. E sobre os filhos, TAMBÉM.
Há o risco maior para desenvolver dependência química, o maior risco para distúrbios psicológicos, como depressão, tal como já disse na postagem anterior. A maioria dos estudos aborda o álcool, que, por ser lícito, se torna público seu uso desmedido. Tais estudos acabam por indicar que na maioria das vezes é o pai que tem no álcool o uso frequente e cria essa situação aos filhos e à FAMÍLIA toda.
Para o AA, alcóolatra não é o bebum de todo dia. Pode ser alcoolatra quem faz uso de alcool mesmo que seja uma vez na semana...
Em filhos com pais usuários de drogas, lícitas ou não, a baixa estima, uma certa timidez, falta de habilidade social é destacada...
Não bastassem essas questões, os filhos acabam por ter perdas no desenvolvimento a médio e longo prazo...Aí, se algum dos pais já carrega a notoriedade de ter sido MAU ALUNO, vai ser até natural a família afirmar que "ih, o filho puxou ao pai"...Quando, em verdade, um tornou-se mau aluno por falta de ORIENTAÇÃO e uso desequilibrado das drogas, e o filho REFLETE os danos daquele desequilibrio anterior...
De qualquer forma, há pontos muito importantes para observar. Primeiro, que uma criança ou adolescente com família em HARMONIA, pais que a escutam e não apenas dão ordens, que PARTICIPAM da vida acadêmica, não apenas mandando fazer o dever de casa - que eles nem sabem muitas vezes o que é, e que dão EXEMPLOS CORRETOS, tem filhos tranquilos, saudáveis, com vida acadêmica otimista. Então, há o outro lado, também:
1. O filho era ótimo aluno, de repente parou de estudar, mente a respeito da escola...
2. Opta por desobedecer a todas as orientações dos pais, nada o agrada mais...
Descartadas algumas causa menores, como escola inadequada, bullying, ou mesmo aparecimento de distúrbio cognitivo, há que se questionar se o que os pais acham improvável seja o mais provável...
Ótimos alunos NÃO tem dificuldades acadêmicas, dão a primeira marcha e seguem em frente sempre...Se não tem problemas de ordem FISIOLÓGICA, e de repente não conseguem resultados, a questão é EMOCIONAL. Não existe rebeldia sem causa, para tudo há uma causa.
A desobediência do filho que considera os pais hipócritas ou autoritários, dos filhos cujos pais os colocam em PEDESTAIS, varrendo para baixo do tapete seus erros, pais que acham que seus filhos merecem TUDO o que quiserem, não podendo ser frustrados em seus desejos, pais que são injustos com professores, diretores de escola, vizinhos e todos em volta para AGRADAR seus filhos a qualquer custo, que fazem seus filhos acreditarem que são melhores do que os outros...É natural que ou eles NÃO respeitem o autoritarismo dos pais, no primeiro exemplo, ou que MANIPULEM mesmo os pais, porque sabem que os pais não acreditarão nunca que eles usam drogas. É quase um jogo psicológico, em que os pais podem estar ganhando filhos manipuladores, mentirosos, que fazem uso de drogas porque querem, porque os pais não acreditarão nunca em tal situação...
O uso das drogas que não afeta a VIDA SOCIAL e ACADÊMICA do filho passa imperceptível sempre, mas, quando o uso das drogas se dá de forma DESQUILIBRADA, o filho começa a reprovar no colégio, nao se empenha no vestibular, abandona os estudos, mas, tudo isso acaba ganhando traços de "crises de adolescentes", porque os pais não vão nem cogitar que os filhos possam estar com problemas pelo uso desequilibrado de drogas...Ou negarão aquilo o suficiente para continuar achando que seus filhos são o que eles DESEJAM que sejam...
Uau! Quando se passa para o aspecto familiar da questão, tudo vira um nó moral. Os filhos REJEITAM a moral dos pais, enfrentam-na silenciosamente, às vezes em equilibrio, noutras em desequilibrio. Quando essa última acontece, deixam rastros, mas seus pais NÃO enxergam...
Psicoterapias de crianças e adolescentes se dão sempre com a participação dos pais, porque as questões emocionais dos filhos tem alcance familiar amplo...O processo de conversa, iniciado LOGO, é muito bom, mas sempre provoca muita CONFUSÃO EMOCIONAL AOS PAIS...
Na minha adolescência, os vizinhos e amigos que fizeram uso de drogas, degringolaram com isso...Estragaram os estudos, afastaram-se dos amigos, mantinham a família com medo de lhes acontecer alguma coisa ruim...
Um vizinho nosso, que fumava maconha na esquina da rua anos a fio, depois de muito tempo sem estudar, conseguiu passar em um concurso de nível médio...Recentemente soube que ele estava FURTANDO lá na empresa pública e tinha sido expulso...Enfim...A pessoa não teve orientação para nada e o uso da droga lhe apresentou um submundo de marginalidade...MUITO TRISTE...Para classes média e baixa essa é a regra...Para classe alta, o pai declarada ou veladamente, passa a vida a sustentar o filho, que não consegue ser produtivo com eficácia contínua, não estudou muito, vai ser sempre relativamente dependente financeiro dos pais...
Tem o lado dos pais que tentam livrar os filhos das drogas na base da ordem, da agressão verbal, cortando mesada, por exemplo, internado em colégios, afastando dos maus amigos para ver se o "filho toma jeito"...Sem contar as situações de filhos agredindo os pais, que já acompanhei, até os danos de memória, atenção, que prejudicam os filhos para toda a VIDA...
MUITO triste...
Aqui, alguns artigos acadêmicos a respeito do tema, ok?
VALE muito a pena ler!

http://www.scielo.br/pdf/rprs/v25s1/a05v25s1.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-44462000000600009&script=sci_arttext&tlng=es
http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?pid=S1806-69762008000200008&script=sci_arttext
http://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S1413-81232003000100022&script=sci_pdf&tlng=pt

e VIVA o EQUILIBRIO!
BEIJOS
Gilda

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