terça-feira, 11 de outubro de 2011

Drogas, gravidez e filhos

Bom dia!
Semana passada eu tomava café na casa de uma QUERIDA AMIGA minha e conversávamos sobre psicologia. Ela está tão feliz com sua terapia que iniciou uma pós graduação em parapsicologia cientifica.
Como temos o terapeuta em comum, a conversa rendeu! De café virou churrasco. Rs. E conversamos muito sobre a questão da ADOÇÃO, também. Mas, esse tópico fica pra próxima, porque quero falar de um assunto que não lembro de ter falado muito aqui, que é o uso de DROGAS.
Bem, alguns aspectos pessoais eu gostaria de deixar em primeiro lugar. Eu apoio a proibição das drogas, pelo impacto que elas causariam à saúde publica, se se tornassem legais.
É porque no Brasil e no mundo evita-se fazer estimativas do quanto o álcool compromete a saúde pública e privada: ACIDENTES de veículos, acidentes domésticos, espancamentos, AGRESSÃO contra a mulher, agressão contra crianças, comas alcóolicos etc.
Mas, a Alemanha, por exemplo, que é um país em pé em meio à crise européia, há décadas que sobrecarrega seu sistema de saúde e previdência por causa do maior problema social deles: alcoolismo...
Então, como as drogas ilícitas assim o são porque causam dependência maior, ou causam maiores estragos à saúde, não apoio que a saúde publica de país algum deva suportar um uso legal delas. Passado esse ponto, ainda tem a questão do tráfico. Não apoio o sustento ao tráfico de drogas. É alienação das piores para o país, porque muitos não sobem ao MORRO ou entram nas FAVELAS e, por isso, acham que não estão fazendo nada de errado...Sinceramente, a fase da ingenuidade deve ficar na infância...Foi esse pensamento que deu poder ao traficante e criou verdadeiras áreas em que o poder público não alcança. E o discurso do tipo: "ah, o poder público não os ajuda, não faz nada por eles, deixou acontecer...", não é bom para ninguém, porque melhor o poder público numa favela do que traficantes armados e dispostos a matar qualquer um...
Essa semana a Holanda afirmou que não vai mais ser tolerante a um tipo mais forte de maconha que circula no País. É..A bandeira da maconha ser uma droga mais leve possibilitou a tolerância lá...E logo criou-se uma maconha versão "power"...A saúde pública do País sofre com isso, e ainda tem que dividir seu espaço físico hospitalar emergencial entre os holandeses e os turistas que vão para lá para usar a tal maconha. As imagens que já foram feitas das áreas em que as pessoas passam até dias usando drogas mais pesadas são horrorosas, decadentes...
A própria discussão em torno da legalidade ou não da maconha é bem patética, na minha opinião. Os que defendem a legalidade só sabem dizer que é bom, que não faz mal, que pode fazer bolsa,  camisa dela...Tem até aquela letrinha de analfabeto que diz que algo natural não poderia fazer mal...
Assisti a uma entrevista de uma das maiores especialistas em câncer do Brasil, Dra. Nise Yamaguchi e ela alertava para o fato da maconha ser ALTAMENTE CANCERÍGENA. E a inalação de fumaça pelo usuário da droga é maior do que a inalação de cigarro comum. O uso medicinal da maconha, que já existe em alguns estados norte americanos não é feito sob a forma de cigarro, portanto.
Não bastasse isso, o uso prolongado de maconha, da adolescência à fase adulta, QUADRUPLICA a propensão ao desenvolvimento de distúrbios psicológicos, como depressão e esquizofrenia (na Suécia, um estudo com 50 mil voluntários concluiu pelo aumento em 30% o maior risco de esquizofrenia com sintomas exacerbados em usuários de maconha).
Isso é muito importante e deve sempre ser objeto de orientação, porque as danos da maconha ao organismo aumentam as chances de aborto...E, como a usuária não vai admitir nem para o médico ou para a familia que fez ou faz uso de drogas, não se cataloga o número de abortos causados pelo uso da maconha...Estudos norte americanos ressaltam, inclusive, no aumento considerável no número de abortos em mulheres jovens, por força dos danos que a maconha causou ou causa ao corpo humano. A droga aciona os receptores que provocam BEM-ESTAR ao ser fumada, mas é esse acionamento que impede a fixação do óvulo no útero no início da gravidez, o que demarca a ação abortiva da maconha à primeira fase da gravidez.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2006/08/060802_maconhagravidezmv.shtml


http://www.jci.org/articles/view/41210?search[article_text]=marijuana&search[authors_text]=

http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2005/12/051201_maconhams.shtml

A situação é mais difícil, ainda, se analisarmos sobre o prisma dos atuais discursos de neurociência, psicanalise, psicologia, e sabemos que as drogas provocam mudanças em neurônios, mudanças celulares significativas e isso é herdado em graus variáveis por seus filhos...
Tem um texto muito interessante do dr. Drauzio Varella, a respeito da associação das doenças e a reprodução. Aqui:
http://drauzio.mediaibox.com.br/ExibirConteudo/454/os-genes-do-envelhecimento

Então, FICA O RECADO, para quem crê que o uso das drogas, mesmo as ditas por leves, é uma questão exclusivamente sua. Pois NÃO É, se a pessoa consegue ter FILHOS...
Pelo viés da parasicologia então, eles colocam em CAIXA ALTA os REGISTROS FISIOLÓGICOS que experiências assim são transmitidas aos filhos, e todos os danos emocionais que podem causar a eles...
E assim, é uma situação incompatível com a maternidade, com a vida. Não é uma questão moral, não acho que deva ser discutida assim. O mundo deve prezar pela liberdade de escolha, mas, continuo apontando como ponto crítico a carga à saúde pública que ela impõe.
A legalidade deveria ocorrer para evitar mortes, mas, também para incentivar estudos médicos no sentido de conseguir-se eliminar as dependências, por exemplo...
Mas, será que a legalidade colocará o assunto sob um foco de luz? Será que a filha contará à mãe que é usuária de droga e por isso pode não estar conseguindo engravidar? Quando o assunto entra nas casas, e encontra muitos pais que não apoiam a legalização, o assunto se reveste de caráter moral. E aí, pelo mesmo motivo que muitos jovens fumam escondidos dos pais, outros tantos continuarão a fumar maconha, por exemplo, às escondidas...
Mas, não dá para retirar o aspecto moral da discussão, porque é sob esse viés que muitas pessoas pretendem discutir o tema com seus filhos. Então, imagine para uma MÃE entender que sua filha (que é melhor do que as outras, né? Todas acham isso! Eu acho isso da minha. Eheheh), é usuária de drogas? E que seu neto pode já nascer com os danos causados por isso? O céu cai...
Por isso, é um assunto TRISTE, porque é complexo demais para muitas famílias e não vislumbro evolução nele..É ver as campanhas eleitorais e os grupos dos que defendem a proibição do aborto e da legalização das drogas cercando os candidatos, a fim de forçá-los a posicionar-se sobre o assunto. Muitos votos estão em questão... E todos optam pela posição mais conservadora, temendo que, a partir da questão da droga e do aborto, todos seus atos sejam objeto de desconfiança da sociedade...
Como superar os entraves dessa discussão, não é mesmo? Talvez, quanto mais estudos existirem, mais se souber do que se pode fazer com as substâncias ilícitas e a ampliação de seu uso medicinal desmistifique seu aspecto meramente de prazer proibido...
Na próxima postagem, tentarei juntar informações sobre o desenvolvimento da criança, cuja mãe é usuária de drogas... E ainda tem o assunto ADOÇÃO...Muita coisa para escrever...
Beijos!
Gilda

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