domingo, 15 de janeiro de 2012

Autismo

Olá!

Assistia há pouco um filme norte americano, estilo comédia romântica bobinha, e que teve uma cena de parto normal muito muito muito bizarra...Ai, que raiva disso...Rs..Nem para me divertir consegue mais...Rs.
Mudando de assunto...Rs...
Na ultima postagem, falei sobre uma síndrome que foi nomeada em 1866. Hoje, queria falar de uma síndrome nomeada em 1943, por Leo Kanner, o autismo. Mas, já em 1940, Hans Asperger havia descrito uma síndrome que parecia um autismo em grau leve, que ficou conhecido como síndrome de Asperger. Nos sites nacionais que eu pesquisei encontrei referência à síndrome de Asperger como autismo leve, mas nos EUA ela é não é classificada como uma forma de autismo.
Anos atrás eu vi um documentário sobre o autismo, e confesso, não sabia nada a respeito...E acho que é a regra para quase todo mundo...Estamos rodeados pela aparência de normalidade, que evitamos o que poderia macular isso...Ou não? Em nossas famílias quase sussurrava-se quando o assunto era o filho da conhecida da conhecida que poderia ter alguma síndrome...Que nem se sabia direito o que poderia ser, e até se especulava aspectos mais sérios...
Inicialmente, acreditava-se que o autismo teria em sua causa o comportamento dos pais sobre o filho, tendo em vista que a criança autista isola-se socialmente, recusa-se a falar e cobra rotina em seu cotidiano.
Aquele entendimento foi superado,mas, até bem recentemente eu ouvi uma psicanalista comentando que há uma segmento deles que atua na relação de mãe e filho autista.
Hoje a medicina prega o autismo como uma desordem neurobiológica. Mas, ainda não se sabe precisamente sobre essa desordem. O diagnóstico é clínico, tão-somente. Algumas síndromes estão associadas ao autismo, então, pode-se fazer exames para fazer tal associação. Crianças autistas podem apresentar surdez, também. Já se estuda causas ambientais, como toxinas, entre as causas do autismo.

Segundo a organização americana de autismo, para cada 100 nascimentos nos EUA 1 é de uma criança com autismo. E a maioria é de meninos (1 em 70), o que demonstra que o autismo não é raro.
A maior parte das crianças já tem o diagnótico no nascimento, e uma minoria é diagnosticada até os 3 anos de idade. Há, ainda, um autismo tardio, que pode aparecer até os 12 anos de idade na criança, e que pode estar associado a outras síndromes.
Uma criança autista se isola, não atende aos chamados por ela. Não usa gestos ou a fala para comunciar-se...
 Imagino o choque que tal comportamento provoca nos pais. Desde a gravidez há um crescente de sentimentos dos pais para com o embrião, feto e seu bebê recém-nascido. E o tanto que esperamos pelo olhar do nosso filho, pelo sorriso e por seus carinhos, e não se pensa que essa troca possa não ocorrer...
A rotina é muito importante a uma criança autista. A repetição é brincadeira e ao mesmo tempo rotina. É uma criança que se ressente de mudanças em objetos em casa, em mudar seus hábitos diários, e que suas brincadeiras são de repetições, de organizar coisas ou mesmo memorizando informações.
Crianças e adultos autistas normalmente tem habilidades marcantes na memorização ou desenho, por exemplo. Seus sentidos são extremamente sensíveis, e sons nem tão altos podem incomodá-los terrivelmente. Em se tratando de testes de Q.I. elas tem desempenho melhor no aspecto motor e espacial, do que na parte cognitiva e verbal, mas 70% apresenta Q.I. abaixo de 70.
Na ultima postagem, eu comentei que achava que havia graus na síndrome de down, e que isso é mito. Então, no documentário que assisti há alguns anos, falava dos graus de autismo, e realmente é verdade. No grau leve de autismo, que alguns chamam de desordem de Asperger, a criança tem dificuldades de comunicaçao e socialização leves e suas peculiaridades são tomadas por "manias". Nesses casos a criança desenvolve a fala e pode graduar-se em curso superior, inclusive. No documentário que vi, uma secretária autista deu seu depoimento, e alguns professores universitários também.Eles tem uma habilidade invejada por muitos (por mim, inclusive) de memorizar, concentrar-se, abrir mão do lazer para acabar a leitura de um livro ou cumprir uma meta profissional.
Claro que sob o aspecto social, são pessoas isoladas, sem talento social, com dificuldade grande em compreender falas com metáforas, ironias e piadas. Enfim, elas tem muita dificuldade de conviver socialmente.
Entretanto, há uma estatística americana de que apenas 56% das crianças autistas terminam o ensino médio lá....Apesar de sabermos que não é raro e que alcança muitas crianças, os países parecem passar por situações semelhantes: pouca pesquisa, pouca discussão social que resulta em poucos avanços na política de educação e saúde para pessoas autistas...
A AMA (associaçao dos amigos dos autistas) e ABRA (associaçao brasileira de autismo) se esforçam e tem uma campanha para assistência e direitos das pessoas autistas, mas só quem tem alguém na família com autismo é que acaba por saber dessas campanhas, porque não há muito apoio da sociedade...
A partir do autismo brando há graus intermediários e o grau severo, quando a criança não consegue desenvolver a fala, e tem muita rigidez e repetição em seu comportamento e rotina. O prognóstico do grau do autismo se dá com o tempo, pois dependerá do desenvolvimento da fala da criança até os 7 anos, por exemplo. Se a criança tiver Q.I. mais proximo à media (90-109), fará terapia ocupacional, psicoterapia, fonoaudiologia e fisioterapia, tendo um grupo de profissionais para cuidar dela! parece muita coisa, mas não é! É cuidado, muito cuidado a apoio à criança.
É sempre difícil, vale lembrar, aplicar testes cognitivos às crianças autistas, pela disparidade em aspectos sensoriais, espaciais e cognitivos. Mas, no autismo severo, a criança precisará de acompanhamento em tempo integral, para ajudá-la a controlar-se não só socialmente, como dentro de casa, com seus pais.
Alguns links sobre autismo:

http://www.autism-society.org/
http://www.autism-society.org/about-autism/causes/environmental-health.html
http://www.autismo.org.br/
http://www.autismo.com.br/
http://carlagikovate.com.br/index_arquivos/Page312.htm
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?44
Essa postagem continuará!
Beijos
Gilda

Um comentário:

Gleysa Lopes disse...

Oie, acho muito imporante o assunto abortado, pq nunca imaginamos que nossos filhos possa ter!!

Dá uma passadinha lá no meu blog, tenho um selinho esperando vc!!!!
Espero que goste!

Um forte abraço de mamãe ursa!