terça-feira, 21 de setembro de 2010

Estava devendo o Piaget!

Oi!
 Já estava esquecendo do Piaget...Rs.
 Biólogo, Piaget estudou como o ser humano constrói o conhecimento desde a sua infância.
 E detalhou algumas fases de desenvolvimento. A primeira delas seria a sensório-motor, pela qual o bebê tentaria compreender o meio que o cerca, construindo, assim, ações. Conhecer, portanto, seria uma resposta prática à vida.
À cada nova experiência, a criança vai assimilando os novo conhecimentos e adaptando-os aos seus esquemas/estruturas de conhecimento. Quando ela se vê diante de uma experiência para a qual não tem um esquema, ela pode tanto modificar um esquema existente ou criar um novo esquema. É a isso que Piaget se refere quando fala em acomodação. Então, a criança segue assimilando e acomodando, em um equilibrio necessário para que a criança interagir com o meio externo.
Naquela primeira etapa o bebê desenvolve noções de espaço e tempo. Essa fase vai do zero aos dois anos de vida. Bem no momento da vida da Manuela, da Louise da Bárbara, da Laís da Gil, da Sophie da Dani, do Pedro Henrique da Priscila, do Ryan da Ka, da Magali da Andréa. Todos coleguinhas da Manuela, filhos de queridos amigos.
Na primeira fase a criança usa reflexos, tem reaçoes circulares (repetições), avança até coordená-las e faz combinações mentais.
A Louisa, do Alan e Anne, e a Maria Eduardo do Mauro já passaram desse momento e passam pela etapa da inteligência simbólica. Nessa fase há uma interiorização das ações construídas pela criança na primeira fase. A criança é egocêntrica, não consegue colocar-se no lugar do outro, sua visão é mais global do que detalhada, como ela não entende o acaso, fica na fase dos "porquês" e já pode, inclusive dissimular. Segundo Piaget, essa etapa chega até os 07-08 anos de idade.
É na terceira etapa que Piaget entende que a criança consiga estabelecer noções de tempo, espaço, velocidade, causalidade, ordem. ela também já abstrai dados, a partir da realidade. É aí que começava a escolarização, dos primeiros textos e cálculos. Sob o prisma normativo, recentemente determinou-se que a escolarização obrigatória começa aos 06 anos. Mas, as etapas do desenvolvimento intelectual da criança são respeitadas igualmente. Na quarta fase é que a criança consegue abstrair plenamente e é possível à criança usar a lógica, porque sua estrutura de conhecimento alcança um alto desenvolvimento. É nessa fase que se pode falar em noções ideológicas para a criança, também.
As pesquisas de Piaget são de uma vida toda, cerca de 50 anos. Assim como Vygtosky, Piaget entende o conhecimento em atos de interaçao da pessoa com o meio, daí o termo interacionismo. Por isso muitas escolas lançam mão das teorias deles em suas práticas pedagógicas.
Tendo em vista o que vygotsky e Piaget estudaram e explicaram ao mundo, fica difícil sustentar uma perspectiva de educação em que o sujeito não precise de ninguém para aprender, pois sua interação será bem limitada. E, também, mais difícil pretender que todos os alunos tenham assimilado uma matéria ao longo de um semestre.
Cada um carrega assimilações e acomodações particulares que facilitam, dificultam ou até mesmo impedem que alguma coisa estudada seja assimilada. Mesmo com todo o esforço de umas escolas mais modernas, ainda não se deixou de seduzir pela homogenização da sala de aula...Que é o sonho de que os alunos tenham mais ou menos o mesmo comportamente, mais ou menos as mesmas notas e mesmos conhecimentos...Rs...E nesse ingrato caminho da homogeneização da sala de aula, aqueles que ficam abaixo das altas metas perseguidas se sentem sempre deslocados, desconfortáveis e vão acumulando esses sentimentos ao longo da vida acadêmica...Difícil resultar em algo positivo lá no final, não é mesmo?
Eu, que estava lá na sala de aula da faculdade, acabava por receber todo tipo de aluno. Aquele que teve um percurso dentro das metas e é confiante e estudioso, ou confiante e negligente; ou nunca esteve entre os bons e é tímido, covarde com seus próprios talentos; se esforça mas é pessimista ou se esforça e culpa os professores por seus fracassos eventuais; ou se esforça muito e odeia os bons alunos...Rs.
Uma nota fundamental em meio a todos esses meses de blábláblá no blog: faça uma análise realista do nível de conhecimento do seu filho. Não basta tirar notão, se ele falar errado, escrever errado. Ele pode só decorar e saber fazer as provas da escola (que podem ser até mal elaboradas, estimular o aluno a tão somente decorar, o que não é nada ruim, é bom, mas é limitado...). Analise o que interessa: se seu filho tem raciocínio lógico, rápido, se conta acertadamente na maioria das vezes, se fala corretamente, escreve bem, sabe construir argumentos, dos mais simples aos mais espirituosos. Isso é o que vale e não unicamente as notas no boletim. Certo? Rs.
Uma coisa é certa. Vale a pena pesquisar mais sobre pedagogia para poder ajudar seu filho a ser um aluno mais estimulado, mais dedicado, a saber expressar seus contentamentos, conquistas educativas e mesmo seus descontentamentos com professores, colegas ou escola. Sim, porque a escola pode ser ótima, mas, é o seu filho que vai, através de sua interação, tornar sua experiência na escola agradável ou não...E isso é algo muito delicado e merece muita atenção dos pais.
É isso aí pessoal!
Rs
Gilda

Um comentário:

Anônimo disse...

atualiza! atualiza! rsrsr bjks, Sy