Sabem os livros que líamos na
escola? Pois é! Sempre houve uma crítica ao ensino de transmissão de conteúdo
de livros, que o ensino não podia reduzir-se a isso, que a concentração nos
livros limitava por demais o ensino etc.
Bom, dos inúmeros professores que
tive, alguns eram muito fiéis aos livros, outros exerciam maior liberdade e
usavam o livro como um apoio ao aluno e não à aula. À medida que o ensino médio
avançava, aumentava o número de professores mais apegados aos livros.
Principalmente, os professores de história e geografia.
Em contrapartida, algumas escolas/colégios
passaram a produzir seu material didático: menor e mais barato. Segundo aquelas
escolas/colégios, a perspectiva de Piaget – construtivista, seria melhor
aplicada através de apostila, com ênfase na autoavaliação do aluno.
Primeiramente, a perspectiva de
Piaget pode ser dita como uma teoria sobre o desenvolvimento humano, que não
teve por parte do Piaget uma versão para a pedagogia. E muitas escolas buscam a
perspectiva construtivista, com ou sem apostilas.
Para quem estudou por livro, deve
lembrar que ao final dos capítulos havia questões reflexivas, para o aluno
abordar o conhecimento do capítulo. Para quem já acessou as apostilas, seus
textos orientam a resolução de exercícios. O aluno não precisa ler um capítulo
para compreender, basta o texto orientador do exercício.
Desculpem, não há como eu aceitar
o ensino apostilado. Os alunos que estudam por apostila perdem a leitura
técnica. As escolas fazem clubes de livros e eles lerão romances. Bem sabemos a
enorme diferença nas leituras de um romance e um livro técnico. A leitura permite ao aluno refletir em cima
do que já ouviu do professor em sala. A apostila orienta exercícios.
A discussão em torno da transmissão
de conteúdos não é uma discussão sobre livros ou apostilas. É uma discussão de
metodologia de ensino. A professora pode usar muito bem um livro ou uma
apostila. Porém, neste último caso, os professores não podem afastar-se à
orientação apostilada, uma vez que ela é produzida dentro da escola. Até provas
são fornecidas aos professores. E assim, muitos os professores lamentam a perda
de autonomia em sala de aula...
Por outro lado, nunca os alunos
estiveram tão bem na escola! As apostilas resolveram bem os problemas de
aprendizado... Hã? Como assim? Sim! Os alunos treinam os exercícios e se
preparam para as provas e assim, a escola virou um grande cursinho...
É muito triste que o interesse de
mercado seja vendido como uma outra perspectiva construtivista e as apostilas
sejam fornecidas como método de ensino para várias escolas. Olhem só! A escola
compra as apostilas, as professoras passam exercícios aos alunos, e as provas são
produzidas conforme as apostilas... É um pesadelo pedagógico... Professores sem
autonomia, alunos que são treinados e avaliações equivocadas...
A leitura técnica é fundamental.
Há um número assustador de pessoas que não compreendem textos técnicos, que
interpretam errado. A leitura técnica é indispensável ao aluno. A escola não
tem como fim o vestibular. Mas, com certeza, o aluno que lê bastante
tecnicamente não terá dificuldade no vestibular. Há um conselho precioso aos
pais: não se conformem ao aprendizado mediano para seus filhos. O que mais tem
no mercado são profissionais medianos, com leitura fraca, escrita ruim, compreensão
de texto e domínio lingüístico bem ruim...
Por outro lado, não creiam nas
notas altas. As avaliações escolares são feitas por professores, pessoas que
estudam muito, mas que também trabalham muito, e portanto, são passíveis de
erros. Avaliem o que seus filhos
sabem, como lidam com o aprendizado e
o quanto o aprendizado agrega e muda na vida de seus filhos.
Educar, inspirar o filho,
estimular corretamente é muito importante. Mas, fundamental mesmo é estimular
no filho o prazer que o estudo pode propiciar. Porque ler não cansa, estudar
não cansa, devem ser prazeres como o de assistir à TV. E isso sim é o maior
apoio que a família pode oferecer a um filho: cultura e educação. Não acham?
Não é o Ben10, ou Barbie ou outro
brinquedo da moda. E sim, deitar na cama com seu filho para ler um livro. Sair
para comprar um livro com seu filho. Conversar sobre o livro novo. E assim,
propiciar ao seu filho a melhor atitude para o estudo.
Eu sempre repito: o melhor que eu
possa fazer para minha filha é educá-la! Não formalmente, mas estimular
cultura, leitura e pesquisa.
4 comentários:
Concordo com vc, a leitura e muito importante para os filhotes e é algo que sempre fará bem para eles, algo que não se deve deixar de lado!
Obrigada pelas dicas lá no meu blog!
Vou segui-las!
Bjs
Gleysa
www.demamaeursa.com
Oiii Gilda.
Li o seu Blog todinho!!! Estou na segunda gravidez e adorei tudo o que você escreveu, as leituras que indicou, receitas e etc. Até comentei que foi uma pena que na epóca em que eu estava grávida da Yasmin não tivesse um blog tão legal assim. Ainda nâo sei o que é o Bebê mas assim que souber conto!! Estou torcendo para que tudo dê certo com vocês todos! Beijos da outra Manu!!
Poxa, muito obrigada, Manú!!!!
Poxa, muito obrigada, Manú!!!!
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