segunda-feira, 12 de julho de 2010

Quando começa a educação?

Olá!

Pensem em um tema difícil, mas muito difícil...Rs. Como educar nossos filhos...Ixi!
Pois bem! O que eu mais faço desde que engravidei é observar os pais, mães, famílias alheias. Porque eles dão exemplo, do certo e do errado, porque eu acredito sim que há certo e errado quando o assunto é o que se faz a respeito dos filhos. Alimentar bem ou mal, não dar limites, não educar, demonstrar afeto, estimular...É muita coisa, parece até demais, sabe? Mas, não é demais, ao final, pois a cada dia podemos manter as escolhas acertadas e corrigir os erros.
Sou idealista e sigo atrás do que acredito que possar ser o melhor pra Manuela, com base em psicologia, biologia, filosofia e não com base em mãe ou avó. Deixem-me explicar: nada contra elas, mas é na segunda metade do século 20 que as ciências humanas, a pedagogia, Freud (1856-1939), surgiram e se desenvolveram e, portanto, os frutos, os estudos são recentes demais, não foram usufruidos por nossas mães e avós, principalmente porque o volume de informações que circula no mundo (incluindo esse blog pequenino.Rs) é algo que não existia algumas décadas atrás. ok?
Bem, voltemos à educação. Educação é um ato relacional, envolve linguagem.Em outras palavras, é a relação de diálogo entre pais e filhos. Peraí, não é bater? Não, claro que não! Me choca muito quando vejo que ainda tem mães, e jovens, batendo em seus filhos...Dar tapa na boca do filho de 2 anos porque ele te mordeu, ou dar tapa na mão, porque a criança insiste em pegar no bibelô em cima da mesa baixa de centro de sala...???????????????????????????????????????????
Tão logo Manuela começou a ligar e desligar a tv, dizíamos "não" a ela e ela repetia nosso gesto e tentava repetir o não "nanana". Rs. E ela interrompia sua conduta por um tempo, às vezes por um bom tempo. A tv, por exemplo, ela praticamente não mexe mais. Na foto abaixo, ela estava fazendo o gesto com o dedinho "nananana". Rs.

Mas, gente, bater é uma agressão, e se justifica se a mãe ou pai não quer ou não sabe dialogar com o filho. Claro que o filho não senta na cadeira e conversa do mesmo modo que você, nem apresenta argumentos que os pais querem ouvir. É justamente aí que reside a dificuldade em se educar um filho. Mas, quem dera fosse só difícil para pais e filhos, porque dialogar é difícil para todo mundo, e nem por isso é normal ou aceito bater em quem não nos entende.
Antes de agredir o filho, pensando em mil argumentos que eliminem a culpa pela agressão praticada, a única escolha acertada é perseguir alguma forma saudável e pacífica de educar um filho. Complicado? A escolha de ter filho deve ser complicada, refletida e não um ato de egoísmo, pra completar a família ou porque é legal...Senão tudo que se tem que fazer pelo filho fica muito complicado...
Por outro lado, os psicólogos alertam para os efeitos das palmadas nas crinças agredidas: sensação de impotência, medo, insegurança, baixa auto-estima...As sequelas dependerão do ambiente e da personalidade da criança. Eu mesma, quando frequentava uma professora particular que usava palmatória (é! ela manteve a agressão, mesmo depois de não mais usado no Brasil e, o pior, minha mãe a escolheu justamente por isso! Acreditem...), nunca me submeti ao castigo da palmatório porque era uma excelente aluna, mas tinha colegas que simplesmente eram um desastre em suas relações sociais e apanhavam de palmatória semanalmente...
Mas, como repetem os pais, a palmada é dada com a melhor das intenções...E eu, advogada, digo que o inferno está cheio de gente cheia de boas intenções...Esse argumento, por si só, é completamente equivocado e mentiroso, porque a intencionalidade já foi registrada antes, quando a palmada foi dada para punir o ato do filho e reprimir outro igual.
Nossas relações são tão complexas, a mentira permeia muitos diálogos, porque as pessoas se deparam, vez ou outra, com o medo de serem criticadas, de verem expostas sua real intencionalidade, e todo mundo quer parecer bom. Só o medo de não parecer bom é suficiente para levar uma pessoa a mentir. Então, é difícil mesmo educar uma criança, mas hoje em dia há tantos profissionais, tantos livros, tantas formas de buscar suporte para a educação que queremos oferecer aos nossos filhos!
Quanto mais vamos esperar para APRENDER a educar nossos filhos? Ninguém nasce sabendo isso...
Beijos
Gilda

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