Gente!
Que coisa mais louca! Escrevi aqui sobre educação e não bater nos filhos e no dia seguinte vi o presidente falando sobre o projeto de tornar a palmada ilegal...Gente! Arrepiei na hora! Comemorei que nem gol da copa! Eheheheh
Eu já ouvi e li algumas manifestações cirticando o projeto, inclusive por parte do meu marido...Rs. Mas, eu aprovo! Porque há algumas poucas décadas era comum referir-se aos filhos fora do casamento como bastardos. Era muito forte em nossa sociedade distinguir os filhos nascidos no casamento e os fora dele. Eu mesma ouvi minha mãe falar em bastardo e eu nem sabia o que isso significava direito! Rs
Pois é, a igualdade que a mulher alcançou e se estendeu aos filhos, sejam eles do casamento ou de qualquer outra forma de relação, mudou uma cultura. A cultura da desqualificação. E isso, com certeza, promoveu a aceitação particular e social de muita gente nesse país. E é isso que eu espero da repressão à palmada!
Que pessoas como a minha vizinha, que tem um neto de cerca de 2 anos e só o chama de (permitam-me repetir!) filho da puta" e "caralho", grita com ele e bate nele o tempo todo, sejam impedidas de continuar sua rotina...O pior é que ela já foi denunciada, a prefeitura esteve na casa dela, mas sem sinais claros de espancamento, eles nada podem fazer...Ou seja, não fazem nada, né? porque os aspectos psicológicos não são avaliados, então, o serviço deles só serve para casos extremos de agressões fortes físicas...E assim continuamos permitindo as agressões menores do dia-a-dia...
Ah! E agora ela bate nele e o ofende dentro da casa (antes era no pátio externo da casa, ouvia-se a loucura dela o dia inteiro!), e mesmo assim ainda se ouve alguma coisa...Imaginem o que essa criança passa ali dentro...
Então, penso que a lei pode levar muitas pessoas a mudar maus hábitos. Os chatos de plantão, que não tem nada válido a dizer, logo dizem: a lei não garante nada. Sim, digo, nunca garantiu! Mas, o direito é uma forma de expressão humana, entendemos de moral, de norma de conduta e muitos vão aderir, dar atenção, ou, a contra gosto, vão cumprir a norma. Agora, como em toda norma, outro tanto de pessoas não vai respeitar...Isso é mais do que normal! O que não falta no mundo (não é privilégio dos brasileiros) é gente que não respeita nada, nem os outros, nem crianças, nem animais...Então, não temos garantia de nada mesmo, porque matar é crime desde a antiguidade, mas isso não tem impedido as pessoas de cometerem seus assassinatos, pelos mais variados motivos, justificativas e provindas das mais diferentes classes sociais...É só abrir o jornal de hoje, de ontem, de anteontem...Não é mesmo?
O argumento de que a lei nada garante é tão inútil...A lei não garante que não haverá mais pedófilos no mundo, estupradores, estelionatários...Mas, ela os reprime, não apóia seus atos lesivos, não é mesmo?
E não adianta dizer que agora mães e pais viraram criminosos...ai! Nem o governo, nem eu disse isso, mas há mães que matam seus filhos, os abandonam, os exploram...E pais que matam suas esposas, seus filhos, os agridem verbal ou fisicamente...É disso que se está falando: dos que excedem, dos que não sabem educar e usam a agressão física - mínima, média ou máxima, para "educar" (leia-se: punir) seus filhos...
E espero que num futuro as crianças aprendam nas escolas que não se deve batê-las sob o pretexto de educá-las...Mais um exemplo: uma aluna minha conversou comigo nervosamente. Na escola, a professora puxou a orelha do filho dela de 3 anos, que a criança chegou em casa com a orelha vermelha, por isso ela notou...Ela foi à escola e a diretora apoiou a professora, informando que a escola corrigia as crianças assim. Ela queria que eu a aocnselhasse. Meu conselho: Se a mãe não permite que batam no filho, ninguém, muito menos uma professora podem fazer isso. Que ela fosse ao juizado infantil. Ela foi. Marcaram audinência com todos os envolvidos. A diretora da escola foi acompanhada de um advogado...Rs. Claro que ele a orientou e ela pediu desculpas pelo evento e prometeu nunca mais agredir a criança...
Eu fiquei muito satisfeita com o resultado, porque eu já disse ao meu marido e repito a quem estiver próximo: eu não bato na manuela e não admito que ninguém bata nela!
Nunca minhas avós me bateram, nem tia, unicamente minha mãe. Então, ninguém toca na Manuela. Eu a orientarei desde pequenina sobre qualquer palmada ou agressão.
Agora em Belém, a babá do priminho Matheus dizia para a Manuela: "não faz isso nenêm, senão apanha na mão". Eu ouvia e ficava atenta...Manuela nem entende o que ela falava, mas quando entender, não permitirei esse tipo de comentário idiota...Eu a impeço de fazer qualquer ato imprório 50 vezes, mas não bato...Ora! Se não quisesse trabalho, sinceramente, não teria tido filho...então...o resto é uma questão de lógica e bom senso!
Ah, gente, sei que muita gente vai discordar de mim...Mas, os pais poderiam ler mais sobre educação para os filhos, principalmente nesse início de comunicação mais verbal. Fica a dica, que acho das mais importantes! Prometo que trarei reflexões das minhas leituras sobre educação.
Educar é ato de amor? Então é um ato de entrega? E como pode se valer de alguma forma de violência? ...
Beijos
Gilda
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